A família do militar João Victor de Brito Valim, de São José dos Campos, tenta trazer o corpo dele da Ucrânia, após a confirmação de que ele morreu em combate, na guerra contra a Rússia.
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João Victor tinha 23 anos e deixou a cidade para lutar na Ucrânia após sair do Exército Brasileiro, no final do ano passado. Ele viajou para o país em maio deste ano.
Segundo familiares, João Victor morreu na semana passada, mas a família só soube da morte nessa quinta-feira (31). A luta agora é para trazer o corpo do militar da Ucrânia para São José dos Campos.
“Itamaraty confirmou que ele está na lista dos abatidos pela guerra. Não sabemos detalhes da morte dele. A nossa luta agora é trazer corpo. Muito burocrático”, disse um familiar do joseense, que morava com os pais antes de se engajar na guerra.
“Era o sonho dele desde criança. Ele queria ser militar desde menino, sempre focado na carreira militar. Era uma pessoa muito amorosa e dedicada.”
Em 25 de agosto do ano passado, a mãe de João Victor postou uma foto dele no Exército, dentro de um helicóptero. “Parabéns, meu filho. Deus abençoe sempre. Te amo”, escreveu ela na ocasião.
A postagem faz referência ao 6º Batalhão de Infantaria Aeromóvel, unidade do Exército de Caçapava ligada à 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel).
Nas redes sociais, familiares de João Victor lamentaram a morte do jovem militar e o homenagearam. “Meu sobrinho. Herói nosso. Vitinho herói”, disse um tio.
“A notícia que jamais queríamos ouvir chegou, e junto com ela, uma dor que não tem nome. Uma dor que não cabe no peito de uma mãe. Que esmaga a alma de uma avó. Que estilhaça o coração de uma família inteira”, afirmou uma prima do militar.
“Você deveria estar aqui. Rindo com a gente. Falando das histórias da guerra com aquele jeito firme e sonhador. Você deveria estar voltando pra casa com medalhas, e não com lembranças de dor. Mas mesmo com tudo isso, Vitinho… nós escolhemos te honrar.”
Procurado pela reportagem nesta sexta-feira (1º), o Ministério das Relações Exteriores ainda não comentou o assunto e nem se dará apoio aos familiares de João Victor no translado do corpo dele da Ucrânia para o Brasil. O espaço segue aberto.