O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, desembarcou nos Estados Unidos neste fim de semana para participar de uma conferência da ONU em Nova York, voltada à situação do Estado Palestino. Embora a visita à capital americana não esteja oficialmente prevista, fontes do governo afirmam que o chanceler pode estender a viagem até Washington, caso haja sinal verde por parte da Casa Branca para retomar o diálogo sobre tarifas comerciais. A informação é da Jovem Pan.
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O Brasil tenta evitar a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos exportados ao mercado americano, previstas para entrar em vigor em 1º de agosto. O governo Lula já sinalizou disposição para negociar, mas descarta qualquer tipo de concessão política em troca da suspensão das medidas.
Nos bastidores, diplomatas brasileiros e a Embaixada em Washington têm buscado contato com autoridades do governo Trump. No entanto, até agora, não houve retorno concreto. Um assessor do presidente americano declarou que ainda não foram apresentadas propostas “substanciais” por parte do Brasil — o que, na avaliação do Itamaraty, seria uma estratégia para transferir ao Palácio do Planalto a responsabilidade pela escalada tarifária.
A expectativa em Brasília é que os EUA adotem um cronograma gradual de implementação das tarifas, e não uma aplicação imediata. O governo americano prepara um decreto que pode incluir nova declaração de emergência econômica para justificar as sanções, apurou a Jovem Pan.
Enquanto isso, uma delegação de senadores brasileiros está em Washington em missão paralela. A comitiva tenta sensibilizar parlamentares e empresários americanos para os impactos negativos das tarifas, e continua em reuniões até quarta-feira (30), pressionando por uma saída negociada que envolva o setor privado.
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jaques campos 28/07/2025Não tem que se submeter a chantagem de trump, que imponha as tarifas, os principais prejudicados são os americanos que vão arcar com estas. De outro lado o governo brasileiro podera impor tarifas selecionadas aos produtos que poderão ser fornecidos por outros mercados e dificultar a exportação para os USA de produtos essenciais e/ou estrategicos.