POR CAUSA DE CELULAR

Forçado a se ajoelhar em brasa e mãos amarradas antes de morrer

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/G1
Adolescente foi forçado a ajoelhar sobre brasas e teve mãos presas com arame farpado antes de ser morto por ter pego celular.
Adolescente foi forçado a ajoelhar sobre brasas e teve mãos presas com arame farpado antes de ser morto por ter pego celular.

Alex Gabriel dos Santos, de 16 anos, passou por sessões de tortura antes de ser assassinado e ter o corpo lançado no Rio Pardo, em Pontal (SP). A crueldade, revelada pela denúncia do Ministério Público, inclui agressões com pedaços de madeira, socos, chutes e até a ordem para que se ajoelhasse em brasas vivas. O adolescente teve as mãos amarradas primeiro com corda e, depois, com arame farpado.

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O crime foi perpetrado na madrugada de 1º de junho. Segundo as investigações, Alex encontrou um celular perto de um depósito de bebidas e voltou para casa animado, contando à irmã que havia achado um aparelho.

O dono do celular, João Guilherme Moreira, de 27 anos, localizou Alex com ajuda de uma funcionária do depósito, que apontou onde o garoto morava. Mesmo após o adolescente devolver o telefone, foi forçado a entrar num carro e levado ao galpão onde estavam Uanderson dos Santos Dias, de 19 anos, Alex Sander Benedito Ferreira, de 23, e Jean Carlos Nadoly, de 28.

No local, o grupo iniciou as agressões, que incluíram golpes na cabeça com chicote e espancamento nas pernas e abdômen. Em meio às agressões, a funcionária ainda acusou Alex de furtar uma bicicleta, o que, segundo a denúncia, motivou novos ataques.

Além da violência física, Alex foi obrigado a se ajoelhar sobre brasas, teve o corpo amarrado com corda e depois com arame farpado. Um saco plástico foi colocado na sua cabeça, e tijolos foram presos ao corpo na tentativa de ocultar o cadáver. Inconsciente, o adolescente foi colocado na caçamba da caminhonete de João Guilherme e jogado no Rio Pardo.

O corpo de Alex foi encontrado seis dias depois. Os quatro homens foram presos preventivamente e confessaram as agressões, mas negaram ter causado a morte. Eles vão responder por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, uso de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

A funcionária do depósito, embora denunciada, responde em liberdade com medidas cautelares por ter colaborado com as investigações.

*Com informações do G1

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