OPINIÃO

Nós e o Estado

Por Marjorie Rocha | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min

Defender ideias que são dignas, nobres e honradas é um dever cidadão, não uma possibilidade. Não importa o grau de descaso, indiferença ou egocentrismo dos poderes instituídos.

O que move um indivíduo e uma nação, são seus valores, seus princípios e normas jurídicas vigentes.

O que protege um povo de um colapso de barbárie, são os homens simples de coração e gigantes em conhecimento, que religiosos ou ateus, arregaçam as mangas e cultivam.

Quem é agressivo gratuitamente só demonstra imaturidade psíquica.

Aqueles que constroem, são os bravos guerreiros que sabem elevar estratégias na obtenção de recursos para tornar a vida coletiva um lugar de confiança e dignidade.

Não precisamos de discursos inflamados, mas de gente atrevida de verdade que se comove, se move e caminha com a cabeça erguida.

O que precisamos eleger, não são candidatos aos cargos, mas pessoas comprometidas com o bem maior. Sim, são escassas estas mentes, estas almas que ainda conservam algum traço de ética em seu caráter.

Mas, se ficarmos inertes e calados, nada acontecerá. Tudo permanecerá como sempre foi.

E o sempre foi nunca foi justo com a maioria que padece.

Precisamos hastear novas bandeiras, aquelas que balançam pelos mais vulneráveis, os que não são vistos.

Precisamos, porque se assim não for, seguiremos manada desgovernada rumo ao abismo da crueldade e da ignorância atrozes.

Precisamos sentir de perto e de fato o que significa precisar de ajuda financeira quando não se tem um calçado pra pisar no chão e se submeter a uma entrevista de emprego.

Precisamos acordar o homem bom e sábio que mora em todos nós (ou a mulher boa e sábia). O que importa é sair do casulo da covardia e da zona de conforto e questionar as emendas parlamentares (como faz o sr. ministro Flávio Dino). Porque é a partir daí que começam a se esvair todos os recursos financeiros arrecadados frutos do suor e das lágrimas de tantos pais e mães de família que vão futuramente precisar dos Programas Sociais.

Não somos mendigos, somos cidadãos.

A nossa Constituição é carta linear democrática que traçou claros objetivos em relação ao que podemos alcançar como cidadãos e seres humanos.

Nosso país é uma potência.

O que falta é percebermos isso em grande escala, e exigirmos jurídica e politicamente do Estado, o retorno financeiro de tudo que pagamos todos os dias, de todas as formas possíveis para que ele possa existir e realizar sua única missão, que é atender a todos de forma justa e equilibrada.

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