
Requerimento
Aproveitando o fato de ter maioria na Câmara de São José dos Campos, a base aliada ao governo Anderson Farias (PSD) conseguiu rejeitar nessa semana um requerimento da oposição que cobrava informações da Prefeitura sobre a atualização que a planta genérica de valores imobiliários terá em 2025 e sobre os serviços e obras que foram custeados em 2024 com a receita obtida com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
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A favor
Dos 21 vereadores, nove votaram a favor do requerimento: Amélia Naomi (PT), Anderson Senna (PL), Carlos Abranches (Cidadania), Fernando Petiti (PSDB), Juliana Fraga (PT), Lino Bispo (PL), Roberto Chagas (PL), Sérgio Camargo (PL) e Thomaz Henrique (PL). Todos esses parlamentares são da oposição.
Contra
Outros 11 vereadores votaram contra o requerimento: Claudio Apolinário (PSD), Fabião Zagueiro (PSD), Gilson Campos (PRD), Marcão da Academia (PSD), Marcelo Garcia (PRD), Milton Vieira Filho (Republicanos), Rafael Pascucci (PSD), Renato Santiago (União), Rogério do Acasem (PP), Sidney Campos (PSDB) e Zé Luis (PSD). O presidente da Câmara, Roberto do Eleven (PSD), que também é da base governista, votaria apenas em caso de empate.
Planta genérica
No requerimento, Sérgio Camargo afirmou não ter encontrado nenhuma informação no portal da Prefeitura sobre a revisão da planta genérica, que terá que ser feita esse ano, e que o recurso do IPTU deveria ser utilizado em melhorias como "no asfalto e na limpeza das ruas, nos parques e praças, nas escolas e nos postos de saúde, além de ajudar no custeio de obras estruturais importantes".
Blindagem
A rejeição de requerimentos é uma forma de blindar o governo Anderson, já que esse tipo de documento deve ser respondido obrigatoriamente em 15 dias quando aprovado em plenário. Com a rejeição, a Prefeitura não é obrigada a responder à Câmara.
Balanço
Apenas em 2023, a base aliada ao governo Anderson na Câmara barrou 182 requerimentos que cobravam informações da Prefeitura. Em 2024, a blindagem deixou de ser adotada a partir de agosto, quando a oposição passou a ter mais cadeiras. No início de 2025, com a bancada governista retomando a maioria, a manobra voltou a ser aplicada.