
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu mais de 850 toneladas de drogas em 2024, alcançando um aumento de 21,3% em relação a 2023. Entre os entorpecentes mais recolhidos estão maconha, com 808 toneladas, e cocaína, com 41,4 toneladas. Além disso, a apreensão de anfetaminas, como o "rebite", atingiu o maior patamar da história, superando 859 mil unidades.
Destaques por substância e regiões
Maconha: O volume de 808 toneladas representa um crescimento de 23,2% em relação ao ano anterior. Paraná (276,7 toneladas) e Mato Grosso do Sul (257,8 toneladas) lideram as apreensões, incluindo dois casos emblemáticos: 26 toneladas em Iguatemi e 28 toneladas em Amambaí, ambos em maio e setembro.
Cocaína: Embora tenha registrado queda de 7,9%, com 41,4 toneladas apreendidas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná concentraram as maiores apreensões dessa droga, que possui maior valor no mercado do tráfico.
Anfetaminas: O uso ilícito da droga, comum entre motoristas para evitar o sono, resultou em apreensões triplicadas em relação a 2023. Goiás, Bahia e Tocantins lideram os registros.
Crack: A apreensão totalizou 1,63 tonelada, com Paraná, Rio Grande do Sul e Maranhão no topo do ranking.
Fatores que impulsionaram o aumento
O crescimento nas apreensões reflete mudanças na atuação da PRF, como a intensificação do uso de tecnologias, inteligência artificial e análise de risco para monitorar rotas. A integração com outras forças de segurança também contribuiu para a maior eficiência nas operações.
De acordo com Fernando Oliveira, diretor-geral da PRF, o treinamento contínuo e a qualificação dos policiais, aliados ao uso de ferramentas tecnológicas, têm sido cruciais para o combate ao tráfico nas rodovias.
Rodovias como foco das operações
O policiamento estratégico priorizou as principais rotas de tráfico, o que explica os recordes alcançados em diversos estados e operações específicas. Oliveira destacou que a experiência em campo, combinada com capacitação e investimentos em equipamentos, é essencial para os resultados alcançados.
As ações realizadas pela PRF, segundo especialistas, não apenas interrompem o fluxo de entorpecentes, mas também impactam financeiramente as organizações criminosas.