O ator, escritor e dramaturgo era tão amante das artes que publicou um vídeo em suas redes sociais, na véspera da sua morte, cantando a música ‘Retalhos de Cetim’, de Benito Di Paula. Lá estavam as marcas de D’Olyveira: o sorriso cativante, a paixão pela arte e a sensibilidade cultural.

Biografia.

Em 1977, durante o regime militar, D’Olyveira escreveu seu primeiro texto de teatro: “Na Casa da Tia Nésia”, comédia social para adultos. Na Polícia Federal de São Paulo, intimado, justificou sua escrita, que, em 1978, foi liberada para apresentações com a tarja de “censura para menores de 21 anos”.

Em 1978, fundou seu próprio grupo de teatro: o “Gemini Magia Teatro”. Antes, havia sido membro do “Aquarius” e do “Zeus”, que, assim como o “Gemini Magia”, são grupos veteranos de teatro de Taubaté.

O Grupo de Teatro, futuramente, ganhou a denominação “Geminimagia – Teatro & Cia.”, sendo atuante nos diversos segmentos das artes cênicas, encerrando as atividades coletivas em 2008.

Graduou-se em Língua Portuguesa e Literaturas pela Unitau (Universidade de Taubaté) e em Pedagogia: Administração e Supervisão Escolar pela UnG, além de Teatro pelo Centro Universitário Ítalo-Brasileiro. Obteve o grau de mestre em Linguística pela Universidade Cruzeiro do Sul e de mestre em Comunicação pela Universidade Anhembi Morumbi.

Atuava como professor de Língua Portuguesa, Literaturas de Língua Portuguesa e Produção Textual desde 1981. Foi coordenador pedagógico da Associação São Vicente de Paulo, de 1991 a 2002. Na Unitau, de 1997 a 2018, atuou como professor universitário, revisor de textos, diretor de teatro universitário, supervisor pedagógico e assessor técnico da Reitoria.

Ele criou ainda e coordenou o Curso de Especialização em Artes - Linguagens Artísticas Integradas, em parceria da diretora teatral e pesquisadora Christina Trevisan e da arquiteta e urbanista Maria Dolores Cocco.