POLÊMICA

Maduro 'reeleito' na Venezuela; oposição denuncia irregularidades

da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Reuters/Leonardo Fernandez Viloria
Os opositores Urrutia e Maria Corina Machado: denúncias de irregularidades e protestos ainda na madrugada
Os opositores Urrutia e Maria Corina Machado: denúncias de irregularidades e protestos ainda na madrugada

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela, prolongando seu mandato por mais seis anos. Governando o país desde a morte de Hugo Chávez em 2013, Maduro recebeu 5,150 milhões de votos, o que representa 51,2% do total, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve 4,445 milhões de votos, equivalente a 44,2%.

O CNE declarou que o resultado era irreversível com 80% das urnas apuradas, conferindo a Maduro uma vantagem de aproximadamente 700 mil votos. O anúncio oficial ocorreu na madrugada de segunda-feira (29), horário de Brasília.

De acordo com o CNE, 59% dos 21 milhões de eleitores aptos compareceram às urnas, em um país onde o voto é facultativo. No entanto, a oposição alegou uma participação massiva, ressaltando irregularidades na transmissão de dados eleitorais para o CNE, que foi interrompida em algumas zonas eleitorais.

Durante o anúncio dos resultados, o CNE afirmou que seu sistema de transmissão de dados foi alvo de um ataque "terrorista" e prometeu investigar o incidente, embora não tenha fornecido detalhes específicos.

Inonformada, oposição protesta

A oposição, liderada por María Corina Machado e o candidato Urrutia, pediu que eleitores e representantes partidários permanecessem em vigília nos locais de votação para fiscalizar o processo. Eles afirmaram possuir atas que comprovariam uma vitória significativa de González Urrutia, contradizendo os resultados oficiais.

Maduro, que já governa a Venezuela há 11 anos, poderá completar 17 anos consecutivos no poder ao final deste novo mandato. A eleição foi marcada por denúncias de irregularidades, incluindo restrições ao voto assistido e a instalação de "pontos vermelhos" para promover a votação pró-governo em diversas regiões.

Comentários

5 Comentários

  • Paulo 10 horas atrás
    Lá tal cá.isso é uma praga!
  • Robson 12 horas atrás
    Quanta coincidência heim 51% mesmo resultado do Brasil Bolsonaro x Lula vão chamar Venezuelanos de terroristas, vão disser que protestos são atos antidemocráticos? desta FRAUDE escancarada?
  • Mauro Aguiar 15 horas atrás
    \"Eleições não se ganha, se toma.\" Barroso
  • Freitas 15 horas atrás
    Cadê o Amorim pra falar que foram eleições super democráticas?
  • Fabiano Gonçalves 16 horas atrás
    Aqui também foi assim, aliás eles aprenderam conosco. Qual espanto ?