SAÚDE

Linfoma de Hodgkin: saiba como age o câncer que acometeu jovem que sonha se casar

Por Giselle Hilário e Ana Lígia Dal Bello | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Instagram
A detecção precoce de recidivas é fundamental para garantir uma resposta rápida.
A detecção precoce de recidivas é fundamental para garantir uma resposta rápida.

Isabel Veloso, estudante de Psicologia de 17 anos, de Dois Vizinhos, no Paraná, recebeu diagnóstico de Linfoma de Hodgkin, um câncer muito agressivo, em 2021, aos 15 anos. A partir daí, começou uma luta incansável contra a doença. Ela passou por diversos tratamentos, até receber a notícia, em 2023, de que estava curada.

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Mas, a alegria não durou muito. Três meses depois, foi informada de que o câncer havia retornado ainda mais agressivo. Após uma série de exames, os médicos disseram que não havia mais chance de cura, e que ela teria cerca de quatro meses de vida pela frente. Seu principal desejo é se casar com o amor de sua vida, o empresário Lucas Borbas, de 26 anos.

Linfoma de Hodgkin 
Como age o câncer que, anualmente, é responsável por 3.080 novos casos, como o de Isabel, e 531 mortes?

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o Linfoma de Hodgkin se manifesta no sistema linfático, composto por linfonodos, tecidos e vasos que desempenham papel crucial na imunidade do corpo, tem ganhado destaque. Este câncer, caracterizado por sua disseminação ordenada de um grupo de linfonodos para outro, através dos vasos linfáticos, requer compreensão e atenção.

Embora possa afetar todas as faixas etárias, é mais comum entre adolescentes, adultos jovens, adultos e idosos, com uma tendência maior em homens. O Linfoma de Hodgkin apresenta incidência estável nas últimas cinco décadas, com significativa redução na mortalidade, graças aos avanços no tratamento, oferecendo altas taxas de cura.

O diagnóstico inclui sintomas como aumento dos gânglios linfáticos, suores noturnos, fadiga e perda de peso inexplicada. A detecção precoce é essencial para o tratamento eficaz, que geralmente envolve poliquimioterapia e, em alguns casos, radioterapia. Pacientes em recaída ou não responsivos ao tratamento inicial podem recorrer a opções como transplante de medula óssea.

Apesar da raridade, fatores genéticos e infecções virais, como o Epstein-Barr, estão associados ao Linfoma de Hodgkin. Não há prevenção específica, mas trabalhadores expostos a agentes químicos devem adotar medidas de segurança.

É importante o acompanhamento pós-tratamento, que inclui consultas regulares, monitoramento de efeitos colaterais e detecção precoce de recidivas. Cada paciente é único, e a rotina de acompanhamento é adaptada conforme as características individuais, estágio da doença e tipo de tratamento realizado. O Linfoma de Hodgkin, embora desafiador, evidencia progressos significativos na busca pela cura.

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