O biocurativo, fundado em 2021, é o projeto que garantiu a vitória às alunas Alice Guerra, Ana Luiza Mazzeo e Maria Eduarda Pereira. Para minimizar efeitos nocivos ao meio ambiente, o trio desenvolveu o protótipo de um curativo biodegradável feito com elementos químicos não poluentes e cuja composição não contém plástico.

Com garantia de proteção discreta, antibacteriana e antiatrito, o biocurativo decompõe-se em até quinze semanas no meio ambiente.

“Criamos algo baseado em um dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, que é o consumo e produção sustentável. Sendo assim, o objetivo do nosso projeto foi ser sustentável, biodegradável e ter um diferencial no mercado, além de possuir óleos essenciais que auxiliam na cicatrização. A preparação foi longa, com pesquisas, encontros e se estendeu durante todo o nosso Ensino Médio”, explicou Alice Guerra.

“Queremos fornecer ao consumidor produtos de alta qualidade, pensando no seu bem-estar e sem prejudicar o meio ambiente, já que os curativos comuns, não biodegradáveis, são utilizados somente uma vez e descartados com poucas horas de uso, porém demoram anos para se decompor”, destacou Maria Eduarda.

Sobre a premiação, a terceira vencedora, Ana Luiza Mazzeo, afirmou que “após tanto empenho e dedicação, veio um reconhecimento importante que nos incentiva a seguir com o nosso propósito. Unir o prêmio com essa viagem é ainda mais grandioso e nos motiva para continuar. A competição reuniu projetos incríveis e espero que isso inspire outros estudantes para a criação de mais projetos inovadores", celebrou.

Dos 21 projetos que chegaram à grande final, seis obtiveram as maiores pontuações e foram considerados vencedores. Os especialistas avaliaram os critérios empreendedorismo criativo e sustentável e o alcance social de cada projeto.

“Elas começaram como um projeto acadêmico de pesquisa científica na área de biológicas há dois anos e, na medida em que foram avançando, elas perceberam que era uma oportunidade de negócio e foram adaptando o projeto para se tornar um modelo de negócio sustentável. Outro ponto importante foi a interdisciplinaridade durante a fase de pesquisa, com a contribuição de professores de diferentes áreas, tais como química, biologia, economia e maker”, pontuou o coordenador de itinerários formativos do Poliedro Colégio e orientador da equipe vencedora, Thiago Pavan.

Além da equipe vencedora, o colégio teve representantes na fase das semifinais, que reuniu 100 projetos classificados. Com a idealização do projeto “Outliers”, os estudantes Yuri Harthman, Vinicius Kawakami e Renzo Honorato criaram uma plataforma de aprendiz.

Promovido pelo Sebrae e Instituto Ideias de Futuro, o Desafio Liga Jovem reuniu projetos das redes pública e privada de ensino de vários estados.