Crime bárbaro

Mulher é indiciada por envolvimento na morte do casal morto com participação do filho

Por Lauro Sampaio | Da Redação/Araçatuba
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Divulgação
Delegado Abonisio confirmou a reconstituição do duplo homicídio para a manhã desta quarta, 18, com participação de Daniel e do namorado.
Delegado Abonisio confirmou a reconstituição do duplo homicídio para a manhã desta quarta, 18, com participação de Daniel e do namorado.

A Polícia Civil de Araçatuba indiciou (acusou formalmente) a mulher que teria cedido remédios para dopar o casal assassinado com requintes de crueldade, no último sábado, 14, por homicídio quadruplamente qualificado. Um dos presos é Daniel Cantarini, 36 anos, filho de Magali Cantarini Luz, 61 anos, encontrada morta junto com o companheiro, Lourival Aparecido Poletti, 56 anos, na garagem da casa onde moravam, no Jardim TV.

Segundo o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e do Departamento de Homicídios (DH), José Abonísio, a mulher, cuja identidade não foi revelada, tem 40 anos de idade e está presa numa cadeia feminina da região.

O delegado já antecipou que a mulher não deve participar da reconstituição do duplo homicídio, que ocorrerá na manhã desta quarta-feira, 18.

"Sim, eu a indiciei, ela é cúmplice. O indiciamento dela tem quatro agravantes - motivo fútil, meio cruel, traição e colaboração direta para o pagamento em dinheiro para a consumação do duplo homicídio", explicou Abonisio.

Os dois réus estarão presentes na reconstituição, - o filho da mulher assassinada e o namorado dele, cuja identidade também não foi divulgada. Eles terão direito de estar acompanhados de um advogado de defesa para fazer as argumentações com a Polícia.

O delegado José Abonisio informou que todo o perímetro do local do crime, no Jardim TV, será isolado para que a reconstituição seja feita sem tumultos. Haverá reforço na segurança para evitar que Daniel e o namorado sejam agredidos.

O delegado chefe da DIG já indiciou os dois pela morte do casal, por homicídio quintuplamente qualificado, um dos mais duros indiciamentos da história policial da cidade para este tipo de ocorrência.

De acordo com Abonisio, Daniel e o namorado foram indiciados por homicídio qualificado com as seguintes qualificadoras que podem ensejar um aumento expressivo da pena num júri popular, em caso de condenação: encomendamento das mortes com oferta de dinheiro, motivo fútil, meio cruel que impossibilitou chance de defesa às vítimas, traição e feminicídio.

"O filho disse em depoimento que encomendou a morte da mãe porque não suportava mais ver o sofrimento dela que, supostamente, apanhava do padrasto dele. Por outro lado, há a tese de que a mãe e o padrasto não aceitavam o fato de ele fazer programas e namorar um gay. No meu entendimento, o crime foi muito grave e as pauladas foram tão fortes que quebraram vários ossos das faces das vítimas", disse o delegado.

O chefe da DIG anunciou, ainda, que espera  concluir o inquérito no começo da próxima semana e remetê-lo para avaliação da Promotoria de Justiça. De posse do inquérito policial, o Ministério Público Estadual poderá oferecer denúncia ou não à Justiça.

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