
A possibilidade de divisão do prédio da Escola Estadual Coronel Siqueira de Moraes com a Diretoria de Ensino de Jundiaí tem tirado o sono de pais, alunos e educadores.
A diretoria já ocupa 10 salas da edificação para a realização de atividades administrativas e pretende centralizar suas atividades no local, o que demandaria a utilização de uma área ainda mais ampla da escola.
No total, o Siqueira possui 670 alunos que se dividem em dois turnos e ocupam 10 salas, além das áreas de uso comum na escola. O presidente do Grêmio Estudantil do Siqueira, Brenno Mazaro, de 17 anos, não apoia a ação e, em nome de toda a comunidade escolar que também se posiciona da mesma forma, está à frente das negociações com a instituição para que a ocupação não aconteça. "Já nos reunimos duas vezes com a dirigente da Diretoria de Ensino, mas não conseguimos chegar a lugar nenhum", diz.
A educadora e mãe de uma aluna, Vanessa Aparecida de Almeida, de 36 anos, acredita que a divisão não afetará apenas o aprendizado. "Com a divisão que existe hoje, algumas áreas já ficam comprometidas. O laboratório, por exemplo, já se tornou local para guardar arquivos. Muitas vezes o auditório é ocupado sem aviso prévio e caso essa divisão se concretize, a tendência é que isso piore", alega a mãe.
De acordo com o subsecretário de articulação regional da Diretoria de Ensino, Henrique Pimentel, a ação vem sendo discutida desde o início deste ano, mas a decisão foi aprovada pelo estado. "Essa é uma medida que tem o intuito de reduzir custos operacionais, uma vez que hoje a Diretoria de Ensino funcional em um prédio alugado por R$47 mil por mês. Para isso, foi realizado um estudo das possibilidades de alocação da Diretoria em outros prédios, e o Siqueira pareceu uma das opções mais viáveis", pontua.
Pimentel alega ainda que, mesmo que a decisão já tenha sido tomada, a instituição está aberta para dialogar com a comunidade escolar e acatar as demandas que forem possíveis. "Não haverá contato entre os dois prédios, uma vez que a administração funcionará de forma independente, mas não queremos prejudicar ninguém.", compartilha, alegando que a mudança está prevista para o segundo semestre de 2021.
PROTESTO
Na tarde desta sexta-feira (23), frequentadores da escola se unirão em frente ao local às 16h em um ato de protesto. Além disso, na tentativa de impedir a ação, os jovens se uniram para fazer um abaixo-assinado online. "Até o momento já colhemos mais de 1000 assinaturas de pais, alunos e professores para expor a nossa reprovação e fazer com que esta decisão seja repensada", diz Mazaro. Acesse e confira o link com as assinaturas: https://bit.ly/2IXyOSM