
A procura pelo mel e por produtos derivados tem ajudado vendedores e apicultores da região a alavancar as vendas. Considerado importante alimento para a saúde, a procura pelo mel em épocas mais frias chega a crescer 100% em comparação a um período mais quente.
O apicultor e produtor Marçal José Rozatti já contabilizou aumento de 100% nas vendas. "Nos meses de outono e inverno as abelhas quase não produzem, porém é nessa época que a procura aumenta. Tudo que produzimos durante a primavera e o verão é comercializado agora, pois há uma cultura de que o mel pode ser usado para auxiliar em doenças respiratórias, porém a demanda de uso contínuo como alimento complementar vem crescendo a cada ano", afirma.
Ele vende em média 10 toneladas de mel por ano. "Temos três floradas principais, mas a de eucalipto é mais indicada para vias respiratórias. Já o mel silvestre substitui os açúcares e por isso é mais indicado para complemento alimentar. O laranjeira, muito atrativo pelo sabor, regula o intestino e é tranquilizante natural", explica o apicultor que tem um apiário na região da Serra do Japi.
A apicultura foi a primeira a receber o selo de inspeção do Serviço de Inspeção Municipal (SIM Jundiaí).
BENEFÍCIOS
Assim como carne, leite e ovos, o mel é um alimento que precisa de todos os registros e autorizações, e passa pela avaliação da unidade agrícola. É um alimento perecível e, por isso, existe a diferença do mel puro para a segurança e qualidade deste alimento.
Apesar do tecnólogo em Apicultura e Meliponicultura, Névio Savieto, não ter produção própria de mel, ele cria abelhas nativas brasileiras que não possuem ferrão. "A produção de enxames ocorre para pessoas que querem criar por hobby ou para produção de mel e outros produtos. Além disso, as abelhas nativas sem ferrão são muito utilizadas para educação ambiental em escolas e empresas. Temos um projeto em Jundiaí, onde colocamos uma caixa de abelhas jataís em cada escola da prefeitura para educação ambiental", explica.
Savieto revende o mel e conta que a procura aumenta em 50% nesta época. "A venda de mel e demais produtos das abelhas aumenta no inverno por conta das doenças respiratórias. A minha revenda é pequena, pois não tenho loja, mas tenho um catálogo de produtos que encaminho para amigos, familiares e grupos, além dos clientes que já são fiéis e sempre compram. No geral, vendo cerca de 20 potes por mês, entre mel de abelha européia africanizada e mel das abelhas nativas, como jataí. Os potes saem a partir de R$ 15", revela.
Outros produtos vendidos são pólen, própolis e geleia real. A própolis foi um dos principais produtos consumidos durante a pandemia, justamente por ser um antibiótico natural. "Mel é fonte de carboidratos de fácil absorção para o organismo, é bactericida e antioxidante natural, possui vitaminas, minerais, proteínas e compostos terapêuticos, como ácidos fenólicos, flavanóides e as enzimas catalase e glicose oxidase", explica.
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