OPINIÃO

Gente de fé e a bike 


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Desde que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada, por três pescadores, nas águas do rio Paraíba do Sul, a manifestação da presença de Deus, se fez presente em todos nós, na devoção à “Mãe Negra”. Os milagres aconteciam e se sucediam. Desde então, romeiros de todo o Brasil busca as benções da Santa. Os peregrinos, cavaleiros e ciclistas fizeram a nossa região tornar-se um caminho de fé. No dizer dos tradicionais ciclistas Thiago Cavages e Jose Olimpio Pereira, com toda organização e competência do presidente Mauricio Inacio Martuns, dos mais fervorosos romeiros ciclistas que se conhecem: a bicicleta é um meio de desafio a todos que professam a santa romaria para revelar sua eterna gratidão divina.

Desta vez o Grupo Originais da Bike, turma de grandes e solidários amigos, percorreram 180 km por caminhos de estradas rurais e trilhas específicas para bicicletas, oferecendo diferentes níveis de desafio e paisagens, até o santuário de Nossa Senhora Aparecida. A saída de Jundiai para o encontro na Cachoeira dos Pretos em Joanópolis, seguindo para São Francisco Xavier, Sapucai Mirim, Campos de Jordão e Guaratinguetá. Lá estavam, juntando-se aos organizadores, Jorge Tanaka, Ralph Gandara, Ricardo Murilo Ferreira da Silva, Fabio Luchini, Orestes Cavages, Paulo Martins, Luciano Pereira, Ivo Françozo Junior, Cassio Monteoliva, Leonardo Monteoliva, Paulo Cesar Schiavi Martins, Rodrigo Martin e meu filho, Daniel do Prado Alvarenga. Gente da cidade que se confunde à Romaria, e conta a sua história no chão batido da estrada, passada de geração à geração. Com sua grande companheira, a bike, pedalaram por entre caminhos bucólicos e lugares encantados pela natureza, sempre mandando mensagens de fé e na certeza da companhia de Nossa Senhora. Olha a sagrada capela Bom Jesus, a beleza das curvas do rio Sapucai Mirim, a imponente Pedra do Bau, a encantadora criação de trutas, a subidas até o cume dos picos, muita neblina e o frio gostoso de nosso inverno.

Deslumbrantes amanhecer e encantadores entardecer. A noite, um céu jamais visto, pontilhados de brilhantes estrelas e uma lua por inteiro, iluminando toda natureza. Como cantou Zé Ramalho: é preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir. Estes ciclistas enfrentam qualquer desafio, para se sentir o bálsamo e o prazer da luz deste caminho santo, que leva ao coração, a nossa maior fé. Momento de união e solidariedade. Forma e expressão de fé em Nossa senhora Aparecida. Buscamos, ajoelhados, a benção de nossa santa Mãe Negra. Temos que cumprir esta estrada, porque esta estrada somos nós em vida. Neste caminho da fé, os fiéis se irmanam, como numa romaria, na força do afeto e do amor, mãos dadas, em poder agradecer, numa só prece, toda a graça divina recebida por intercessão de Nossa Senhora Aparecida. Que assim seja.


Guaraci Alvarenga é advogado (guaraci.alvarenga@yahoo.com.br)

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