
Em reunião a portas fechadas no Ciesp-Jundiaí com representantes da indústria, o vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ouviu as demandas do setor. O encontro teve a participação do presidente do Ciesp, Rafael Cervone, e membros das 42 regionais do Ciesp espalhadas pelo Estado de São Paulo. Na oportunidade, foi entregue um documento ao vice-presidente, com o nome “Superar o Custo Brasil: Agenda Urgente para Reindustrializar o País”, que tratou sobre a competitividade da indústria nacional frente à alta tributação, juros elevados, energia cara e deficiências logísticas.
Também foram detalhados itens como pirataria, vendas por plataformas digitais que contam com tributações menores, dificuldades na realização de importações e exportações, além de tratar de logística e infraestrutura. No total, foram oito pontos bem detalhados e com sugestões de como o Governo pode agir para solucionar os gargalos.
“São boas propostas para apoiar especialmente a pequena e média indústria, tentando incluí-las no programa de aceleração, para renovar máquinas e equipamentos além de oferecer crédito”, disse, anunciando que deve haver mais R$ 10 bilhões para bens de capital e taxa de juros menor. Para isso, aguardam o Conselho Monetário Nacional. “Deveremos ter um crédito melhor com juros menores para estimular o crescimento da indústria brasileira”, disse. Ele também falou sobre a Nova Indústria Brasil (NIB), que deve mais inovadora, sustentável, competitiva e exportadora.
Sobre a relação com Estados Unidos e as taxações, Alckmin minimizou qualquer problema. “Dos 10 produtos mais exportados, oito tem alíquota zero”, disse, lembrando que a indústria brasileira segue forte. Os acordos comerciais internacionais também foram itens cobrados no documento do Ciesp.
Representantes do Ciesp de todo o Estado estiveram em Jundiaí (Samuel Silva/JJ)
Região
Alckmin destacou que a indústria segue firme, enquanto o Brasil teve um crescimento de 3,4% do PIB, a indústria de transformação atingiu 3,8%. Ele comentou também sobre a vocação da região de Jundiaí para o desenvolvimento econômico e industrial. Os dados, apresentados pelo presidente do Ciesp-Jundiaí, Marcelo Cereser, corroboram: a região tem 2.887 unidades industriais, representando 3,5% da indústria paulista. A soma é das 11 cidades que integram a regional: Jundiaí, Cabreúva, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Louveira, Morungaba, Várzea Paulista e Vinhedo.
“Nosso Produto Interno Bruto alcança R$ 145,3 bilhões, o que equivale a 6,47% do PIB estadual e 6,45% do PIB industrial paulista. Somos a 4ª maior economia entre as 42 regionais do Ciesp”, explanou Cereser.
Em seu discurso, o presidente do Ciesp-Jundiaí reforçou que o setor é um agente de geração de oportunidades. “A presença do vice-presidente nesta ocasião reafirma o compromisso do Governo Federal com uma agenda de reindustrialização sustentável, baseada na inovação, na competitividade e na geração de empregos de qualidade”, afirmou.