DICAS E CURIOSIDADES

Para evitar infecções urinárias

da Redação
| Tempo de leitura: 3 min

Uma uróloga espanhola afirmou que muitas infecções urinárias nas mulheres poderiam ser evitadas com uma mudança na forma de fazer xixi. O jornal El Tiempo apontou erros na hora de ir ao banheiro e dicas para enfrentar o problema.

Na reportagem, Teresa Pastor destacou que a alta incidência de infecções urinárias em mulheres está relacionada a fatores biológicos e hormonais.

"As infecções urinárias estão muito ligadas a certos fatores naturais, como a forma como urinamos, ou a mudanças hormonais que ocorrem principalmente na menopausa", explicou ela ao Em Tiempo.

No entanto, segundo ela, existem outras causas externas. Teresa mencionou a exposição diária a substâncias tóxicas, como os tecidos antichama usados em roupas e estofados, os ftalatos e outros desreguladores endócrinos encontrados em plásticos e cosméticos.

A alimentação e o estilo de vida também influenciam no surgimento das infecções. Segundo a especialista, a predominância da dieta ocidental - caracterizada por alto consumo de açúcar, alimentos processados, falta de atividade física e excesso de estresse - pode favorecer a doença:

Tudo isso faz com que nosso sistema imunológico fique mais debilitado e tenha mais dificuldade para combater uma infecção urinária.

Teresa apontou que um dos erros mais comuns que as mulheres cometem ao urinar é contrair os músculos do assoalho pélvico em vez de relaxá-los: "Isso faz com que "suguemos" as bactérias ruins para dentro da bexiga, como resultado dessas contrações involuntárias do assoalho pélvico."

Ela destacou que algumas bactérias podem se alojar na parede da bexiga e permanecer inativas até que uma baixa na imunidade, causada por estresse ou doença, as reative.

Para reduzir o risco de infecções urinárias, Teresa recomendou mudanças na dieta, evitando o excesso de açúcar e optando por alimentos prebióticos. Ela também sugeriu reduzir a exposição a substâncias tóxicas, optar por produtos orgânicos, praticar exercícios regularmente e controlar o estresse, pois este último tem um impacto negativo no sistema imunológico. Dormir o suficiente também é fundamental, disse ela.

Outra estratégia essencialm segundo Teresa, é aprender a urinar corretamente: "É recomendado ir a um fisioterapeuta especializado em assoalho pélvico, já que essa correção envolve a posição das pernas e a respiração."

9 mitos e verdades

1. "Pega no banheiro?"
MITO: As bactérias por trás da encrenca vivem no corpo, não por aí. Nada de segurar o xixi fora de casa.

2. "Suco de Cranberry ajuda a prevenir?"
VERDADE: Embora ainda não haja estudos definitivos, médicos recomendam o suco ou cápsulas da frutinha contra infecções de repetição.

3. "Friagem faz mal"
MITO: Pegar frio no pé ou sentar no gelado não causam cistite. O problema do inverno é beber menos água.

4. "É uma DST"
MITO: A dinâmica do sexo facilita a contaminação da uretra por bactérias que já moram em nosso corpo.

5. "Ingerir produtos à base de probióticos ajuda"
VERDADE:
Alguns produtos e suplementos do gênero equilibram a flora intestinal e auxiliam a combater os micro-organismos por trás da cistite.

6. "Lave sempre mais"
MITO: Exagerar na limpeza da região pode ser um tiro pela culatra, uma vez que desorganiza a flora bacteriana local.

7. "Hidratação evita a infecção"
VERDADE: Caprichar nos goles de água eleva o volume e a saída de urina, o que ajuda a evitar a multiplicação e instalação dos micróbios.

8. "Tomar suplementos vitamínicos impede a contração"
MITO: Multivitamínicos dão uma força para a imunidade, mas não há evidências de que protejam o pedaço.

9. "Tomar antibiótico resolve o problema"
VERDADE: É o único tratamento quando a cistite já se instalou. O exame de urina acusa a bactéria causadora e norteia a escolha do remédio.

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