
Após uma série de denúncias enviadas ao Jornal de Jundiaí, a Prefeitura de Jundiaí confirmou nesta sexta-feira (25) que uma intervenção pictórica foi realizada, sem autorização, nos alicerces do galpão que abriga a unidade do Poupatempo, localizado no Complexo FEPASA — imóvel reconhecido como patrimônio histórico e cultural pelos órgãos COMPAC (municipal), CONDEPHAAT (estadual) e IPHAN (federal).
O Complexo FEPASA é o único patrimônio material do Município com tombamento em nível nacional, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
De acordo com a administração municipal, a pintura foi constatada por servidores da Unidade de Gestão de Cultura logo no início do expediente. A intervenção, no entanto, não havia sido comunicada previamente nem obteve autorização dos órgãos competentes de preservação do patrimônio.
Questionada sobre a autoria, a coordenação do Poupatempo informou que a ação foi realizada de forma isolada por um funcionário do setor de manutenção, sem o conhecimento ou aval da chefia local.
Considerando a gravidade da intervenção em um bem tombado, a Unidade de Gestão de Cultura iniciou, de imediato, tratativas com os órgãos de tutela patrimonial para formalizar a denúncia e alinhar os trâmites técnicos e legais necessários à remoção da pintura. A medida visa garantir a restauração da integridade estética e histórica do espaço.
A gestora da pasta, Clarina Fasanaro, juntamente com os diretores Fernando Maranha Peche (Departamento de Patrimônio Histórico) e Isabel Cristina Soares (Gestão do Complexo FEPASA), lidera as diligências para reparação do dano e responsabilização dos envolvidos. Segundo a Prefeitura, o objetivo é assegurar a preservação do patrimônio público e o cumprimento da legislação de proteção cultural.