OLHOS DA SERRA

Pantera: câmera inicia monitoramento da Serra do Japi

Por Redação |
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Divulgação/umgrauemeio
As imagens da câmera de alta resolução serão visualizadas no Centro de Controle Operacional da Guarda Municipal
As imagens da câmera de alta resolução serão visualizadas no Centro de Controle Operacional da Guarda Municipal

A entrega da 3ª etapa do “Projeto Olhos da Serra”, iniciativa do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ), com o propósito de preservar os recursos naturais e hídricos da região, contempla também a instalação da tecnologia de detecção e monitoramento de incêndios na Serra do Japi da umgrauemeio, climatech sediada em Jundiaí.

Pioneira na identificação e prevenção de incêndios florestais e agrícolas, por meio do Pantera, sua solução integrada de gestão, detecção e análise de risco, desenvolvida com uso da inteligência artificial, entre outras tecnologias, a umgrauemeio monitora 17,5 milhões de hectares no Brasil (10 milhões em florestas e áreas nativas e 7,5 milhões de agricultura).

Monitorar a Serra do Japi, contudo, é especial para essa startup que desenvolve soluções tecnológicas para o combate às mudanças climáticas. A Serra do Japi é um dos poucos remanescentes de Mata Atlântica no interior do estado São Paulo e a maior parte da sua área está em Jundiaí.

“A união de forças envolvidas para a realização desse projeto é só o começo de uma nova era para a Serra do Japi. Queremos trazer à nossa cidade o que o mundo está refletindo e fazendo em termos de biodiversidade, DNA ambiental, crédito de carbono, porque as questões do meio ambiente não são individuais de uma empresa ou pessoa. Quando o assunto é o meio ambiente, a gente tem de dar as mãos e trabalhar para o bem comum. Só tenho a agradecer ao Consórcio PCJ, envolvido no projeto e a toda a equipe da umgrauemeio que fez desse objetivo uma realidade”, enfatizou Rogério.
 
Mariane Leme, coordenadora de projetos do Consórcio PCJ e Gestora do Olhos da Serra, explica como essa nova fase do projeto prioriza ainda mais o combate aos incêndios. “Tendo em vista que 2024 foi um ano avassalador em relação à quantidade de queimadas no Brasil, investir em alertas ágeis para o incêndio florestal será importantíssimo. Nessa terceira etapa, com auxílio dos nossos patrocinadores, Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA Brasil, investimos na aquisição da tecnologia abarcada no sistema da umgrauemeio, chamada Pantera. A câmera de alta resolução já foi instalada na torre da Rádio Dumont FM e as imagens serão visualizadas no Centro de Controle Operacional da Guarda Municipal de Jundiaí.”
 
Julia de Castro, bióloga, jundiaiense, com mestrado em conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável, é analista de inovabilidade na umgrauemeio e acompanhou detalhadamente o processo de instalação do Pantera junto ao Consórcio PCJ. “Estamos no Pantanal, na Amazônia, até na Índia, do outro lado do mundo, mas ainda não estávamos em nossa casa que é Jundiaí!”, enfatizou Julia ao dar mais detalhes sobre a tecnologia utilizada no projeto: “Temos a câmera instalada, mas ela é o meio para a inteligência artificial triar as informações recebidas e identificar os focos de incêndio. O nosso software tem outros módulos, tais como a prevenção, que permite ver a análise de risco, a meteorologia e, depois, conseguimos fazer o relatório, estabelecer a área de dano, cicatrizes, entre outros. Enfim, temos instalado um sistema de gestão completo para incêndio florestal.”
 
O projeto

Nesses quatro anos de execução do Projeto Olhos da Serra foram identificadas 833 nascentes e 111 cursos d’água na Serra do Japi. A região é conhecida como “Castelo das Águas”, por sua grande quantidade de nascentes e cursos d’água. As atividades de conservação da Reserva Biológica (REBIO), plantio de árvores de espécies nativas, educação ambiental e comunicação social com a comunidade, instalação de fossas biodigestoras, monitoramento de invasões na REBIO e da incidência de incêndios florestais, têm propiciado a infiltração de 5.526.245 m³ de água por ano no solo, permitindo o aumento da disponibilidade e da qualidade da água para a região.
 
Estima-se que 450.000 habitantes estão sendo beneficiados até o momento com as atividades do Projeto Olhos da Serra, já que a água que nasce naquela região contribui com o Rio Jundiaí e o Ribeirão Piraí, mananciais que possuem captações superficiais nos municípios das Bacias PCJ, a exemplo de Cabreúva, Indaiatuba, Itupeva e Jundiaí.

O Olhos da Serra também conta com a parceria das seguintes instituições: Prefeitura Municipal de Jundiaí (Diretorias de Meio Ambiente, de Agronegócios e de Parcerias Estratégicas, Guarda Municipal – Divisão Florestal e Defesa Civil); Fundação Serra do Japi; DAE Jundiaí; Fundação Florestal; Embrapa; Instituto Cerrados; Associação dos Amigos dos Bairros de Santa Clara, Vargem Grande, Caguassu e Paiol Velho (SAB Santa Clara); Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA); Conselho Gestor da Serra do Japi (CGSJ); Companhia de Informática de Jundiaí (Cijun) e Aliados pela Água.

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