Pelo menos 144 pessoas morreram e mais de 730 ficaram feridas após um terremoto de magnitude 7,7 atingir Mianmar, próximo à cidade de Mandalay, segundo o líder do governo militar do país. Um forte tremor secundário, de magnitude 6,4, também foi registrado, com abalos sentidos na Tailândia e na China.
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Na Tailândia, o terremoto causou o colapso de prédios a centenas de quilômetros de distância. Pelo menos três pessoas morreram na capital, Bangcoc, onde autoridades trabalham para resgatar 81 pessoas presas sob os escombros de um edifício em construção.
O impacto do desastre é agravado pela crise política e estrutural de Mianmar, um dos países mais pobres da Ásia. Vastas regiões são controladas por milícias, dificultando a coleta de informações confiáveis. O governo militar também costuma restringir comunicações em áreas de conflito.
Diante da tragédia, o chefe da junta militar de Mianmar, Min Aung Hlaing, fez um raro pedido de ajuda internacional, reconhecendo que o número de vítimas deve aumentar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou os danos como “enormes” e informou que está mobilizando suprimentos para tratar os feridos, prevendo um alto número de vítimas.
O terremoto, o mais forte a atingir Mianmar desde 1946, ocorreu ao longo da Falha de Sagaing, onde as placas tectônicas da Índia e da Eurásia deslizam lateralmente.
A Anistia Internacional destacou a vulnerabilidade da população, lembrando que mais de três milhões de pessoas já estavam deslocadas devido ao conflito interno. Organizações humanitárias pressionam a junta militar para que permita o acesso de equipes de socorro ao país.
*Com informações da CNN
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