ASSEMBLEIA GERAL

Servidores de Bauru vão paralisar por 24 horas em abril

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sinserm/Divulgação
Servidores durante deliberação em torno da paralisação
Servidores durante deliberação em torno da paralisação

Servidores públicos municipais de Bauru decidiram na noite desta quinta-feira (27), durante assembleia geral realizada na sede do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserm), que vão paralisar suas atividades durante 24 horas no próximo dia 7 de abril em protesto contra a inércia da administração em meio às discussões da campanha salarial. A concentração está prevista para começar às 8h na sede do Sinserm.

Até lá, servidores permanecerão em assembleia permanente para somente depois avaliar os próximos passos. A pauta de reivindicações foi aprovada ao início de fevereiro com pedido de 27% de reajuste sobre a folha, aumento do vale-alimentação a R$ 1.518,00 e a elevação do abono pecuniário a R$ 579,83.

O cálculo para os 27% leva em consideração a reposição pela inflação, que fechou o ano passado em 4,83%, mais 0,96% relacionados a janeiro e fevereiro deste ano e, por fim, a diferença entre o salário mais baixo da categoria na prefeitura e o mínimo - discrepância que equivale, em números percentuais, a 21,21%.

No caso do vale-alimentação, o funcionalismo reivindica a correção dos valores sobre os atuais R$ 1.100,00 – no ano passado, afinal, não houve aumento no benefício ante uma decisão judicial que derrubou a majoração a R$ 1.412,00 aprovada na Câmara. O vale foi elevado a R$ 1.400,00 pelo próprio governo ao início do ano.

A assembleia desta quinta-feira ocorre em meio a um novo tensionamento entre o funcionalismo municipal e a prefeitura.

O Sinserm afirma que tenta desde fevereiro entregar a pauta de reivindicações à prefeita Suéllen Rosim (PSD), mas sem sucesso.

“Foram dois ofícios protocolados com solicitações de reunião para os dias 18 de fevereiro e 10 de março, todos solenemente ignorados. A pauta foi oficialmente protocolada em 19 de fevereiro e, até o momento, segue sem qualquer devolutiva por parte da prefeita”, disse em nota a entidade, para quem o governo adota postura antissindical.

“Na última sexta-feira (21), o sindicato foi forçado a protocolar uma notificação extrajudicial no gabinete da prefeita, exigindo resposta imediata até o dia 26 de março. A resposta? Nenhuma”, critica.

Ainda de acordo com o Sinserm, a paralisação do próximo dia 7 “será o primeiro passo concreto rumo a uma greve geral, caso a prefeita siga ignorando as reivindicações legítimas dos trabalhadores”.

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