ESPETÁCULO

Jundiaí recebe peça “O Olho da Agulha”

Por Redação |
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Divulgação
Peça busca construir um novo olhar sobre o mito da Medusa
Peça busca construir um novo olhar sobre o mito da Medusa

Abrindo sua circulação pelo estado de São Paulo, o Laboratório Siameses apresenta o espetáculo “O Olho da Agulha”, parceria com o coreógrafo, ator e artista visual Roberto Alencar, em Jundiaí. O trabalho, que recebeu o Prêmio APCA 2022 de Melhor Figurino, busca na junção entre dança, artes visuais, música e literatura construir um novo olhar sobre o mito da Medusa e circula pela primeira vez pelo interior do estado de São Paulo, com o apoio do Programa de Ação Cultural do Governo do Estado. A circulação marca a comemoração dos 20 anos da companhia dirigida pelo coreógrafo Maurício de Oliveira e acontecerá no dia 5 de abril, às 20h, na Sala Glória Rocha do Centro das Artes Prefeito Pedro Fávaro.

Pela primeira vez, o Laboratório Siameses circulará com o espetáculo “O Olho da Agulha” pelo interior do estado de São Paulo. Criado e dirigido em 2022 em parceria com o artista Roberto Alencar, o trabalho busca no cruzamento da dança, artes visuais, música e literatura, pensar um espaço de potencialidades da monstruosidade.

Há mais de vinte anos, Roberto Alencar tem trabalhado como bailarino com diversos artistas da cena paulistana, mas em 2010, resolveu se dedicar a um trabalho mais autoral. Desde lá, tem estudado e desenvolvido uma linguagem em que a dança contemporânea está em intercâmbio com outras áreas da criação artística, principalmente, o teatro físico-visual e as artes visuais. Nos últimos sete anos, essa pesquisa foi se especializando na relação da dança com o desenho, investigando as relações entre a gestualidade do corpo no espaço contaminado pelo gesto do desenhista e vice-versa.

Da união da pesquisa de Roberto Alencar com o trabalho desenvolvido no Laboratório Siameses nasceu O Olho da Agulha. O espetáculo, que traz para a cena Maurício de Oliveira, Marina Salgado, Danielle Rodrigues e Vinícius Francês, tem como ponto de partida o caos no ateliê de um artista para recontar a história do mito da Medusa

Medusa era uma mulher-monstro que tinha o poder de transformar os homens em pedra com o seu olhar. No mito grego, o herói Perseu sai em busca de sua cabeça para conseguir a mão de uma princesa em casamento. Contudo, o que a história deixou no esquecimento foi a natureza trágica dessa personagem trágica, condenada a ser um objeto por toda a sua vida.

Para abordar este assunto, Roberto se inspirou em dois artistas que colocam o ateliê (processos de criação) no centro de suas questões - o pintor irlandês Francis Bacon e o multi-artista sul africano Willian Kentridge. Grandes influências no seu fazer artístico, as obras de Kentridge e Bacon dificilmente conseguem ser lidas separadamente dos seus procedimentos de criação, da visualização de seus dias enfurnados no ateliê, chafurdados no caos e criando redes e conexões entre as coisas, os afetos e os conceitos. Nesse território de caos instalado, as imagens se reorganizam constantemente, construindo através de memórias, mitos, conceitos e experiências, um território de excesso e de contenção do qual a monstruosidade emerge.

A circulação da peça é realizada com apoio do ProAC da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.

Serviço:
O OLHO DA AGULHA 
Dia 5 de abril, às 20h 
Centro das Artes Prefeito Pedro Fávaro – Sala Glória Rocha Rua Barão de Jundiaí, 1093 - Centro, Jundiaí 
Entrada gratuita 
Retirada de ingressos uma hora antes no local. 
Reservas pelo site: https://www.eventbrite.com.br/e/o-olho-da-agulha-do-laboratorio-siameses-em-jundiaisptickets-1295964738419

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