CONTROVÉRSIA

CEI vai investigar calamidade financeira em Campo Limpo

Por Redação |
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Divulgação /Prefeitura Campo Limpo Paulista
Vereadores vão apurar se Campo Limpo Paulista está realmente com dívidas
Vereadores vão apurar se Campo Limpo Paulista está realmente com dívidas

Uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) foi aberta pelos vereadores de Campo Limpo Paulista para apurar o Estado de Calamidade Financeira, decretado pelo prefeito Adeildo Nogueira (PL). A CEI foi instaurada após votação na Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada nesta terça-feira (18).

Houve empate na votação, com seis votos a favor e seis contra, e o presidente da Câmara, Tonico (União) teve que desempatar, aprovando a investigação.

A CEI será presidida pelo vereador Leandro Bizetto (PSDB) que destacou a importância deste trabalho: “A cidade fica ‘engessada’ e não consegue entregar para a população os serviços que têm que ser feitos. Vamos realizar um trabalho sério e transparente para informar a população sobre o que realmente está acontecendo”, disse, ressaltando que inicialmente a Comissão irá solicitar extratos bancários da Prefeitura para avaliar a saúde financeira do município e informações de como a possível dívida será paga, entre outros documentos.

“Até o momento a Câmara recebeu uma documentação que não esclareceu tudo que perguntamos. Houve reunião com equipe da Secretaria de Finanças e as dúvidas continuaram”, conta, ressaltando que ele mesmo estranhou o Decreto de Calamidade Financeira feito no dia 9 de janeiro, dois dias após o Secretário de Finanças ser nomeado, o que Bizetto avalia como um período curto para avaliar as contas municipais.

O vereador destaca ainda que o Decreto de Calamidade Financeira implica em algumas restrições, como a contratação apenas para reposição de funcionários, mas que o prefeito tem contratado para cargos que estavam ‘vazios’, ou seja, não havia ninguém ocupando a função anteriormente. Estas contratações estariam aumentando os gastos com a folha de pagamentos. Outros pontos apontados por Bizetto são reformas no Gabinete do Prefeito e outros espaços públicos, além de licitações fracionadas.

“Queremos que apareça a verdade. Ele tem que provar que a cidade está com problemas”, cobrou Bizetto, lembrando que a primeira reunião da CEI será na segunda-feira (24) e os trabalhos têm um prazo de 60 dias para serem feitos, podendo ser prorrogados por mais 30 dias.

Dívida da Prefeitura

O Estado de Calamidade Financeira foi decretado pelo prefeito Adeildo Nogueira em 9 de janeiro e diz que a cidade tem um elevado endividamento, incluindo R$ 141,7 milhões em dívidas abertas de empréstimos, R$ 100 milhões em débitos contratados e mais R$ 21 milhões em dívidas a pagar.

A Prefeitura foi procurada pela reportagem do Jornal de Jundiaí para esclarecer sobre o pagamento destas dívidas e medidas tomadas para sair do Estado de Calamidade, além de se pronunciarem sobre a abertura da CEI, mas até o fechamento desta matéria não havia retornado.

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