Querido leitor, assim como um pequeno cigarro aceso pode incendiar uma floresta inteira, a língua, embora seja um membro pequeno, pode acabar com a vida de alguém.
Sim, uma língua usada para o bem é algo agradável e que possui o poder de cura, conforto e satisfação. Imagine-se passando por um momento difícil e precisando de consolo, quando você recebe a visita de alguém muito querido que lhe conforta e lhe diz as palavras que aquecem o coração.
Agora, imagine-se na mesma cena, mas, ao invés de palavras de conforto, você recebe palavras duras e frias. O coração não se aquece, mas se desespera.
Hoje, quero abordar a respeito do que boatos, fofocas e fake news são capazes de fazer com a vida de uma pessoa. Antigamente, as pessoas sabiam o que se passava na vizinhança, através do "boca a boca", ou seja, através das conversas entre vizinhos.
Hoje, com a tecnologia nas mãos do mundo, com uma velocidade cada dia maior e com diversas redes sociais ao alcance de todos, as conversas e atualizações a respeito da vida alheia ultrapassaram as barreiras territoriais e alcançaram o mundo.
Um acontecimento importante torna-se de conhecimento planetário em questão de minutos e isso, embora seja incrível, também traz o seu lado perigoso.
Quando digo isso, me refiro à velocidade em que boas notícias chegam até nós, porém, nesta mesma velocidade, as falsas notícias também chegam em tempo real. Essas falsas notícias ou fake news são prejudiciais, pois fazem com que pessoas inocentes acreditem em tais notícias, boatos ou fofocas e saiam pulverizando algo falso.
Se buscarmos informações, encontraremos relatos de pessoas que foram mortas devido a boatos falsos, pessoas que se suicidaram devido a boatos infundados, pessoas presas injustamente devido a fofocas. Enfim, é preciso tomar cuidado com a língua ao falar e agora, com os dedos, ao digitar.
Pense nisso.
Micéia Lima Izidoro é professora (miceialimaizidoro@gmail.com)