O acompanhamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas salas de aula, embora seja garantido por lei, sempre exige a mobilização de mães e pais nos inícios de ano, a fim de que a legislação seja cumprida. Neste ano, mães de Itupeva têm tido dificuldade para deixar os filhos com TEA nas escolas, por conta da falta de profissionais de apoio.

De acordo com a Prefeitura de Itupeva, procurada pelo Jornal de Jundiaí, por conta do recesso das universidades e faculdades, houve um atraso na conclusão da contratação dos profissionais que vão acompanhar estes alunos. Esses profissionais geralmente são estagiários. Ainda de acordo com a prefeitura, as documentações estão nos trâmites finais e a expectativa é a contratação de mais de 60 profissionais neste ano.

Luta

Em reportagem veiculada pela TV Sorocaba, afiliada do SBT, as mães, mobilizadas, relatam a dificuldade de manter os filhos na escola. Uma das mães, Daiane Souza, relata que o filho precisa de suporte nível 3, não consegue beber água ou usar o banheiro sozinho e, por não ter profissional que o acompanhe na rotina escolar, acaba ficando apenas duas horas por dia na escola.

Outra mãe, Carina Ferreira, diz que a escola a chama quase diariamente para buscar o filho, pois falta profissional de apoio para acompanhá-lo e auxiliá-lo durante as atividades escolares. No estado de São Paulo, a Lei 17.798, de 2023, assegura que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) incluídas nas classes comuns do ensino regular têm direito a um acompanhante especializado.