
No período de um ano, de 2024 ao início de 2025, os combustíveis tiveram aumento de até 11% em Jundiaí. Em fevereiro de 2024, a gasolina custava, em média, R$ 5,56 (hoje vendida a R$ 6,17 o litro), o etanol R$ 3,48 (hoje R$ 4,24) e o diesel R$ 6,08 (hoje R$ 6,49).
A tendência de alta inclusive foi sentida nos últimos dias. Quem abasteceu o veículo antes do dia 16 deste mês pagou um combustível um pouco mais barato, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) - o preço médio da gasolina era R$ 6,09, o do etanol R$ 4,16 e o do diesel R$ 6,43.
Para os motoristas, o reajuste tem impactado o orçamento familiar. O empresário Alison Henrique de Almeida conta que "o aumento de combustível impactou bastante no orçamento mensal, porque a gente utiliza o carro para trabalho, lazer e para o transporte das crianças". Segundo ele, a solução tem sido reduzir os deslocamentos para momentos de lazer e cortar gastos em outras áreas para compensar o preço mais alto. "É algo que não tem como evitar, mas faz a gente pensar mais antes de sair."
O aumento também reflete no setor empresarial. Alison, que é proprietário de uma empresa, afirma que os custos de atendimento aos clientes subiram. "Fazer um atendimento, hoje, custa bem mais caro do que no ano passado", comenta. A solução foi reajustar os preços dos serviços para equilibrar as contas.
Para os profissionais que dependem do transporte para trabalhar, como motoristas de aplicativo e taxistas, o impacto é igualmente significativo. Gislaine Rupp, motorista de aplicativo, conta que precisa adaptar suas corridas. "Acabo não escolhendo corridas muito curtas e opto pelas mais longas para compensar o valor recebido", explica. Segundo ela, os aplicativos não reajustam as tarifas na mesma velocidade que os combustíveis aumentam, tornando a atividade cada vez menos rentável.
No caso dos taxistas, o aumento dos combustíveis pode levar a reajustes na tarifa. Antônio Lopes, que trabalha como taxista, explica que o posto onde abastece ainda não aumentou, mas ele já se preocupa com os próximos reajustes. "Se subir, vai pesar, e vamos ter que brigar na prefeitura por um reajuste na tarifa", afirma.
Antônio Lopes
Além do impacto local, motoristas também comparam os preços de Jundiaí com outras regiões. "A diferença de preços entre Jundiaí e São Paulo é grande, mesmo estando a poucos quilômetros de distância", destaca Alison.
Com os combustíveis mais caros, consumidores precisam reorganizar suas rotinas e gastos para lidar com os aumentos, enquanto aguardam possíveis soluções para conter a alta dos preços.