Segundo pesquisas realizadas pela CNN Brasil, a corrupção é a terceira maior preocupação dos brasileiros, ficando atrás somente da violência e da fome. O levantamento tem base nas pesquisas realizadas em 2024, com cerca de 2 mil entrevistados pelo Brasil. Diante desse cenário, especialistas e representantes de Jundiaí discutem os impactos desse problema.
Para o sociólogo Samuel Vidilli, a pesquisa só demonstra o que já é realidade para ambos os grupos estudados. “A classe média tem uma maior preocupação com a corrupção, mas são números muito próximos, então a gente pode dizer que, de forma geral, os brasileiros têm uma preocupação muito grande com a violência, com a segurança, com a fome, com a miséria e com a corrupção. A corrupção tem aparecido cada vez mais como um dos grandes problemas, porque as pessoas hoje fazem a relação do problema de segurança e de outros problemas com a corrupção, que impede o crescimento do país.”
Para o presidente do PSDB, Fernando de Souza, a pesquisa reflete exatamente os dois mundos que o Brasil vive e como o Brasil é um país desigual do ponto de vista social. “As pessoas com melhores condições financeiras, conseguem se proteger em condomínios, carros blindados, seguranças, além de outras tecnologias que o alto custo não permite acesso a todos. Enquanto a classe social mais simples, permanece refém da criminalidade, dos crimes contra patrimônio e até mesmo contra a vida, vivendo apreensivamente em seus lares. A solução passa por mais investimentos pelos nossos governantes na educação das nossas crianças e na redução da diferença entre as classes sociais. Um país mais equânime e igualitário capaz de colocar todas as pessoas em um mesmo mundo, com redução da criminalidade que assusta os mais simples e da corrupção que interfere na vida de todo cidadão.”
O advogado e presidente da OAB Jundiaí, Daniel Martinelli, ressalta que a preocupação da população com a corrupção é reflexo dos diversos casos noticiados corriqueiramente nos últimos anos. “Para coibir tais atos, é imprescindível o investimento em programas de integridade, em ferramentas de controle de qualidade no uso dos recursos públicos e transparência dos gastos, colocando em prática os princípios da moralidade, da publicidade e da eficiência, previstos na Constituição Federal.”
