OPINIÃO

Respeito é bom e as crianças e suas famílias gostam


| Tempo de leitura: 2 min

Caro leitor, hoje eu vou falar a respeito de algo recorrente e que me deixa extremamente chocada e chateada: a violência contra as crianças.

Os meios de comunicação mostraram, nos últimos dias, crianças que sofreram violência da parte da diretora da escola, crianças atípicas sofrendo violência verbal e atos vexatórios, discriminatórios por parte daqueles que deveriam lhes acolher e não lhes humilhar - as terapeutas.

Bem, eu me pergunto, o que passa na cabeça de uma pessoa que tem por obrigação cuidar da saúde educacional das crianças ou cuidar da saúde mental e cognitiva das crianças, mas que, ao invés de lhes dar acolhimento, cuidado e carinho, lhes agride?

Sabemos que as crianças são mini seres humanos cheios de energia, cheios de atitudes, cheios de questões e manias.

É preciso ter calma e paciência para trabalhar com uma geração cada dia mais intensa, mais ansiosa, mais sedenta da companhia da família, haja visto que a vida moderna e o custo de vida da população levam os pais ou responsáveis a trabalharem integralmente e os filhos ficam na escola integralmente também.

É preciso compreender que as crianças absorvem o que elas ouvem, veem e vivenciam no seu ambiente familiar e cultural.

Mas, com a tecnologia presente em tudo e com todos, inclusive com as crianças que a dominam com maestria, as informações lhes chegam rapidamente, na palma da mão, através do celular.

O que acontece é que as crianças necessitam do brincar para que o seu pequeno cérebro possa se desenvolver, possa desenvolver inúmeras habilidades cognitivas, sociais, físicas etc. A criança precisa da ludicidade para que ela possa se desenvolver da mesma maneira.

Mas a tecnologia na palma da mão está colocando as brincadeiras de rua e a ludicidade em segundo ou terceiro plano. Muitas crianças passam horas em frente à TV ou celular e esse excesso é prejudicial também para o seu sistema nervoso. Tudo isso resulta em crianças mais ansiosas e nervosas que não conseguem expor o que estão sentindo e, ao cruzarem com "profissionais" despreparados, os resultados são os que mencionei acima.

A criança atípica ou não, com uma síndrome ou não, precisa ser tratada com respeito e paciência.

Quem não sabe o que é carinho e empatia não pode atender crianças, não pode trabalhar com crianças, não pode lidar com crianças. Pense nisso!

Micéia Lima Izidoro é professora (miceialimaizidoro@gmail.com)

Comentários

Comentários