
A guerra no Oriente Médio segue como um dos temas mais discutidos no cenário internacional e, em Jundiaí, políticos e especialistas também têm se manifestado sobre o conflito e suas consequências. A recente proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de remover a população da Faixa de Gaza para países árabes vizinhos, como Egito e Jordânia, gerou forte repercussão entre lideranças da cidade. Enquanto líderes globais condenam a ideia, representantes jundiaienses expressam diferentes perspectivas sobre a crise humanitária.
Para o vereador Henrique Parra do Cardume (PSOL), o Brasil deve se posicionar de forma clara e ativa a favor da paz e do reconhecimento da Palestina como um Estado soberano. "O brasileiro e o Brasil são defensores da paz. A paz entre Israel e a Palestina passa, necessariamente, por respeitar a solução de dois Estados, o reconhecimento da Palestina como nação livre e soberana. Trump e os EUA, que financiam bombas e armas usadas no massacre de civis em Gaza, deveriam pedir desculpas e colaborar com a paz, e não incendiar o mundo e estimular a guerra", declarou.
O vereador Faouaz Taha também se posicionou sobre o tema.“Sou totalmente contrário a qualquer regime de limpeza étnica ou de movimentos que tentam tomar terras e destruir um povo. É importante lembrar que essa guerra não começou agora. Temos que ter respeito e buscar sempre conhecimento para entender os fatos que decorrem desde a década de 40 sobre a invasão do território que seria palestino por direito. Espero que haja sempre entendimento para que essa população não sofra ainda mais. Que a paz seja justa e verdadeira para todos.”
Já o sociólogo Samuel Vidilli expressou indignação com a proposta de Trump, classificando-a como um desrespeito à dignidade da população palestina. "Um completo absurdo a ideia de Trump. Não há a mínima sensibilidade e coerência. Não é possível fazer o que ele pensa e tirar uma população toda, de aproximadamente 2 milhões de pessoas de uma região e falar para eles ‘virem-se, vão para outros lugares’. Além de tudo, isso é proibido pelos direitos humanos atuais. Cogitar uma hipótese dessa, nessa altura da nossa história, é um absurdo, é simplesmente não pensar no povo palestino que mora em Gaza", afirmou.
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Henrique Carlos Parra Parra 07/02/2025Trump propoe o tiro final para que se consolide o genocidio étnico do povo palestino que vem sendo feito de forma trágica a décadas.Nao dá pra pros brasileiros,a maioria de nós,nos calarmos. Indignação e vergonha de termos entre nòs politicos que comemoraram a chegada deste senhor da morte ao loder nos Estados Unidos.Pra isto?