
A recente deportação de brasileiros algemados dos Estados Unidos voltou a acender o debate sobre imigração e direitos humanos, em Jundiaí. A situação ganhou destaque após relatos de maus-tratos e humilhações durante o processo de deportação de brasileiros imigrantes dos Estados Unidos.
Para muitos, as imagens de pessoas algemadas em voos de deportação refletem um tratamento desumano. A situação é agravada pelo fato de muitos deportados estarem em busca de melhores condições de vida, fugindo de ambientes de pobreza e violência no Brasil. Em Jundiaí, o tema divide opiniões entre vereadores locais, que representam diferentes visões sobre o assunto.
Em 2017, Michel Temer e Donald Trump fecharam um ‘pacto’ entre Brasil e o Estados, que proibia o uso indiscriminado de algemas em brasileiros deportados. Contudo, o acordo exigia tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados. Os deportados são pessoas detidas por entrar ilegalmente nos EUA e já não possuem possibilidade de recursos, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Além disso, os termos também falavam sobre tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados.
A vereadora Mariana Janeiro (PT) está a favor da decisão do Governo Lula. “O Governo Trump faz questão de promover um endurecimento do tratamento desses imigrantes, em contraponto, o governo Lula acerta na intervenção que faz em relação ao tratamento degradante que os imigrantes deportados receberam ao pisar em solo brasileiro, todos merecem ser tratados com toda a dignidade possível. Este episódio deixa muito nítido a importância dos direitos humanos”, comenta.
Enquanto os desafios da imigração permanecem, especialistas e autoridades concordam em um ponto: é essencial garantir que os direitos humanos sejam preservados, independentemente das circunstâncias ou fronteiras envolvidas.
Para o sociólogo, Samuel Vidilli, o presidente Donald Trump está ‘cumprindo’ o que falou abertamente em sua campanha, porém com pessoas do bem, e não bandidos, conforme prometido. “A ideia inicial de Donald Trump é que todos os criminosos brasileiros sejam deportados, enquanto isso não acontece, ele vai pegar as pessoas desse universo gigantesco de brasileiros ilegais, que moram há mais de dez anos, que trabalham, pagam seus impostos, tem filhos nascidos lá. Ele vem fazendo isso na primeira semana do eleitorado dele, para mostrar justamente para os eleitores dele. O que assusta é que as pessoas tenham escolhido um candidato que falou abertamente sobre isso, onde pensamentos extremos têm passado à frente. As pessoas estão cansadas de sentir que há uma valorização muito maior dos direitos humanos para quem comete crime, do que para as pessoas do bem.”