CONTROLE

Jundiaí tem planos para castrar colônias de gatos 'de rua'

Por Redação |
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As colônias de gatos podem levar problemas zoonóticos à comunidade
As colônias de gatos podem levar problemas zoonóticos à comunidade

Em Jundiaí, há quase 100 colônias de gatos em colônia identificadas pela prefeitura, que são grupos de animais ferais e sem tutor, que têm vida livre. Por conta da reprodução sem controle e dos riscos que essas colônias podem levar à comunidade, como doenças zoonóticas, o manejo desses animais é necessário. Na cidade, a Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) adota o Protocolo de Captura, Esterilização, Devolução (CED).

Para tanto, de acordo com publicação no Diário Oficial do município na sexta-feira (13), a UGPUMA fez uma dispensa de chamamento público para firmar parceria com o Instituto Ampara Animal, a fim de castrar os felinos que têm hábitos de vida livre e promover conscientização junto a mantenedores de colônias. O valor para a parceria é de R$ 399.996, para um ano de serviços, mas a parceria ainda não foi firmada, pois, a partir da publicação, há prazo de cinco dias para interposição de impugnação. Após esse prazo, ainda seguirão os trâmites necessários para, posteriormente, firmar de fato a parceria.

De acordo com nota da UGPUMA, todos os detalhes de local onde o instituto atuará serão estabelecidos após o firmamento da parceria e avaliação da situação geral pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que deverá apresentar ao município um plano de ação detalhado. Está previsto que sejam castrados pelo menos 1 mil animais nessa parceria, de acordo com a possibilidade de captura de cada colônia.

As ações de conscientização da população mantenedoura serão pontuais e personalizadas, de acordo com a necessidade de cada colônia trabalhada. Não será feito um trabalho com a vizinhança, pois os pontos de colônia não são identificados/divulgados para que os mesmos não se tornem pontos de abandono. Ou seja, quanto menos pessoas envolvidas, melhor, a fim de manter a integridade dos animais que ali vivem e colaborar para a estabilidade daquela população.

Ainda segundo a UGPUM, a parceria é necessária para a realização de ações mais eficientes. A questão da população de gatos domésticos, especialmente os ferais, representa um desafio significativo para a saúde pública e o bem-estar animal. A falta de controle populacional leva a uma série de problemas, desde o aumento de animais abandonados até a disseminação de doenças zoonóticas, entre elas, a esporotricose.

O Protocolo de Captura, Esterilização, Devolução surge como uma estratégia eficaz para lidar com essa questão, mas sua implementação enfrenta obstáculos, especialmente em termos de recursos humanos e financeiros. A cooperação entre o setor público e organizações da sociedade civil pode ser crucial para enfrentar esse desafio de forma eficiente e sustentável, buscando não apenas controlar a população de gatos ferais, mas também promover a guarda responsável e a conscientização da comunidade. É necessário encontrar um equilíbrio entre a eficácia das medidas adotadas e os recursos disponíveis, visando alcançar resultados positivos, tanto para os animais quanto para a sociedade como um todo.

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