Ó TERRA QUERIDA, JUNDIAÍ
TEUS FILHOS AMANTES SÃO DE TI
SAUDADES MIL LEVAM
OS QUE PASSAM POR AQUI
TERRA GENTIL, ALTRUÍSTA,
DE TI ME ORGULHO
POIS É BEM PAULISTA!
TEUS FILHOS COM DEVOÇÃO
MARCHAM PRA LUTA COMO HERÓIS
CHEIOS DE FÉ EM SUA ORAÇÃO.
Haydée Dumangin Mojola – trecho Hino da cidade de Jundiaí
Tanto àqueles que aqui nasceram como a tantos outros que adotaram esta terra e sua filosofia de vida. Como nos versos do hino da cidade, da inesquecível professora Haydée, teus filhos amantes são de ti. A cidade conta com as vantagens de uma metrópole e guarda, no seu seio, as virtudes de uma província. Jundiaí se diferencia de outras plagas graças ao esforço, trabalho e abnegação de comunidades que transformam cada canto desta cidade num lugar de fé, amor e bondade. Seu calendário anual é marcado por festas beneficentes que encantam a todos. A tradição se mantém através de gente que acredita. Acredita no que faz. Sua convicção vem de dentro, veemente.
Verdadeiros voluntários da bondade, não há cansaço físico que impeça seus arroubos de entusiasmo e alegria no bem servir. Nos fins de semana, milhares de pessoas, a dedicação, a gratuidade do espírito. A paróquia e a fé.
Assim nasceram as festas do Caxambu, da Roseira, da Toca, as Luzes da Ponte, a italiana da Colônia, a portuguesa da Vila Arens, a Trezena do Anhangabaú e Corrupira, a Vicentina do Retiro, a da Varginha e da Terra Nova, Eloy Chaves, das Nações Cidade Nova. Os santos venerados: São Roque, São Sebastião, Santa Rita de Cássia, São João Batista, Nossa Senhora da Conceição, Santo Antônio, São Vicente de Paulo, São Roque e Bom Jesus. Bom Jesus e São Gennaro.
A cozinha gostosa: a polenta regada com queijo parmesão, o frango a passarinho, a batata frita, a linguiça caipira, as saladas de folhas precoces, a leitoa pururuca, o nhoque, o macarrão, os doces caseiros, os vinhos artesanais. Os preços acessíveis. Todos os anos embarcamos na italiana da Colônia. E as nossas grandiosas festas da Uva, do Morango e do Vinho. Como não desvendar nossas rotas turísticas do Castanho, Cultura Italiana, Cerveja Artesanal, adegas, vinícolas com suas videiras, gastronomia campestre e a nossa exuberante Serra do Japi?
Basta estar em um destes encontros para sentir a palpitação de vidas individuais. Nelas não há descrença, nem lamúrias. Há brilho nos olhos e sorriso nos lábios. Há inúmeras pessoas, melhor ainda, seres humanos, verdadeiros voluntários da bondade, impulsionados por uma corrente de solidariedade. Se não me equivoco, essa é a grande potência desses bairros de Jundiaí, e seria um tremendo erro deixá-la se perder ou mudá-la para outra forma de convivência. É partindo desta força, fonte que talvez se malgaste e se dissipe, que se encontra a verdadeira riqueza de se viver em paz consigo mesmo. Lição de vida. Gente de fé. Voluntários da Bondade. Bendita seja a vida em nossa adorada Jundiaí.
Guaraci Alvarenga é advogado (guaraci.alvarenga@yahoo.com.br)