Na última quinta-feira (04), a Guarda Municipal (GM) de Cabreúva enfrentou uma crise significativa com a saída em massa de sua alta liderança.

O comandante Diego Anzolini anunciou sua renúncia, seguida pelo subcomandante Muniz e três dos quatro inspetores. Além deles, uma outra pessoa que está de férias também informou que deixará o cargo após seu retorno.

As demissões são atribuídas a divergências sobre ideias e métodos de trabalho com a atual gestão, intensificadas após uma reunião tensa na quarta-feira anterior. Durante essa reunião, um grupo de guardas aguardava no complexo de segurança para ouvir explicações do atual secretário de segurança sobre um projeto polêmico que impactaria diretamente o futuro da Guarda Municipal.

Em conversa com a reportagem, Anzolini explicou que suas visões sobre a Guarda Municipal divergiam significativamente das do secretário atual. "Ele tem uma visão sobre a GM que, no meu ponto de vista, é muito retrógrada em relação aos dias de hoje. Eu passei a não concordar com muitas ordens que me eram atribuídas para que eu repassasse para a tropa, coisas que eu sabia que estavam gerando um grande descontentamento e que estava recaindo sobre mim, mesmo não sendo eu o idealizador, porque ele nunca se colocou frente a frente com a tropa, alegando sempre que essa responsabilidade era minha", afirmou Anzolini.

O ex-comandante também mencionou que não discutiu esses pontos diretamente com o prefeito, devido à longa amizade entre o prefeito e o secretário de segurança, que se formaram juntos como policiais militares. "A única coisa que eu disse a ele é que achava mais justa a minha saída do cargo", disse.

Após comunicar sua decisão ao corpo de chefia e explicar seus motivos, os outros líderes optaram por tomar a mesma decisão. Anzolini enfatizou que a decisão de cada um foi individual e que ele não orquestrou a saída em massa. "Deixei muito claro a todos que a decisão era individual de cada um. Fui surpreendido de forma positiva com a união, não só deles, como de boa parte da tropa que enxergou esse nosso ato como um marco", finalizou Anzolini.

A equipe do JJ procurou a Prefeitura de Cabreúva mas até o fechamento da matéria não houve retorno.