SAÚDE

Mais de 20% de brasileiros sofrem com calvície precoce

Por Rafaela Silva Ferreira |
| Tempo de leitura: 3 min
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Nos homens, é comum começar com uma linha de cabelo em recuo e afinamento no topo da cabeça
Nos homens, é comum começar com uma linha de cabelo em recuo e afinamento no topo da cabeça

A calvície, antes considerada um problema exclusivo da idade avançada, está se tornando cada vez mais comum entre os jovens, que vêm enfrentando a perda de cabelo de forma precoce, o que pode ter um impacto significativo na autoestima e qualidade de vida. Segundo estudo atribuído à Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), aproximadamente 25% dos jovens entre 20 e 25 anos apresentam algum grau de calvície, de um total de 42 milhões de brasileiros que sofrem com o problema.

Também conhecida como alopecia androgenética, a calvíce é a perda progressiva de cabelo do couro cabeludo, que geralmente segue um padrão específico, como a retração da linha capilar e o afinamento do cabelo na coroa e nas têmporas. Essa condição é influenciada, principalmente, por fatores genéticos e hormonais. Nos homens, é comum começar com uma linha de cabelo em recuo e afinamento no topo da cabeça, enquanto nas mulheres, geralmente se manifesta como um afinamento difuso do cabelo.

Já a calvície precoce refere-se ao início da perda de cabelo em uma idade mais jovem do que o usual. Normalmente, a calvície começa a se manifestar nos homens após os 30 anos e nas mulheres após os 40 anos. No entanto, quando uma pessoa começa a experimentar perda de cabelo significativa na adolescência ou nos vinte e poucos anos, isso é considerado um problema.

A dermatologista Valéria Campos, 56 anos, explica que a principal causa de calvície precoce é o estresse. "As mulheres não era acometidas pela condição, por exemplo. Mas, atualmente, estamos percebendo um aumento de casos. Em relação aos homens, o estresse colabora para a perda de cabelos, mas a causa genética é muito mais forte."

Questionada sobre as soluções para a calvície, a dermatologista comenta que o implante capilar deve ser a última recomendação. "A pessoa deve, primeiramente, reavaliar suas condições de vida. Uma boa alimentação, começar a praticar meditação e observar esses profissionais de yoga e outras práticas." Além disso, Valéria comenta que as mulheres brasileiras possuem o costume de realizar alisamentos no cabelo, o que acaba danificando a saúde capilar.

Noites mal dormidas, estilo de vida e alimentação são as principais causas para o desenvolvimento de uma calvice precoce. No entanto, o excesso de vitamina A também pode provocar queda capilares. "Por isso é importante o acompanhamento médico", ressalta.

O tratamento a laser para a calvície, conhecido como terapia a laser de baixa intensidade (LLLT, na sigla em inglês), é uma opção não invasiva para promover o crescimento capilar e retardar a perda de cabelo. Este tratamento utiliza dispositivos que emitem luz laser de baixa intensidade para estimular os folículos capilares e melhorar a circulação sanguínea no couro cabeludo. Já o microagulhamento, também conhecido como terapia de indução de colágeno, é um tratamento que utiliza pequenas agulhas para criar microperfurações na pele do couro cabeludo, conforme cita a dermatologista.

Casos

Lucas Gibrail, empresário de 29 anos, começou a notar a queda de cabelo aos 24 anos. "Com 24, comecei a perceber a queda de cabelo e algumas falhas, principalmente quando molhava ou ventava muito, aparecia o couro cabeludo", relata. Sentindo-se incomodado com a situação, ele optou por realizar um implante capilar aos 26 anos. Antes do procedimento, Lucas passou por uma série de exames e tomou medicamentos manipulados para preparar seu corpo para o procedimento.

Após o implante, Lucas seguiu um rigoroso regime de cuidados. "Após o procedimento, tomo manipulados diariamente e a cada 45 dias faço aplicação de vitaminas para estimular o crescimento", explica. Ele descreve o procedimento como tranquilo e sem dor, embora ressalte que a recuperação é a parte mais desafiadora. "O pior é a recuperação após a cirurgia, tem que ter vários cuidados, não tomar sol, principlmente, porque pode inchar a cabeça." Apesar das dificuldades, Lucas está satisfeito com os resultados. "Melhorou bastante de como era e ficou bem natural, quem não conhecia antes não fala que tem implante", conclui, aliviado com sua aparência.

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