Nesta terça (28), nasceram trigêmeas no Hospital Universitário de Jundiaí. Os pais, Amanda Siqueira e Luiz Mosna, estavam radiantes e não contiveram as lágrimas ao verem suas filhas Lorena, Luiza e Lavínia chegarem ao mundo.
A primeira gestação de Amanda Siqueira, de 34 anos, não foi bem-sucedida, mas a segunda trouxe a grande surpresa. Ela conta que descobriu a gravidez por acaso, após ir ao pronto-socorro devido a um problema no joelho e, durante os exames, descobriu que estava grávida de gêmeas. No exame morfológico, alguns meses depois, veio à surpresa: eram três bebês. Há histórico de gestações múltiplas na família de Luiz, mas o pai também se surpreendeu. "Eu já estava em choque com dois, e quando soube do terceiro, me assustei.”
A gestação precisou ser cercada de cuidados, pois Amanda temia oscilações de pressão arterial. Por isso, houve acompanhamento no Ambulatório para Gestações Especiais da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Contudo, o casal conta com o apoio das famílias e das novas amigas, Aline e Angélica, que conseguiram muitas doações, incluindo fraldas e todo o enxoval das bebês.
Sobre o parto, Amanda conta que foi uma experiência difícil. "A gente fica com medo, é uma situação atípica. Fiquei receosa, mas foi uma reação normal. A equipe me atendeu bem, os médicos foram seguros durante o parto. A Dra. Karayna, que acompanhou meu pré-natal, estava presente neste momento especial, passando muita segurança. Ela me entregou um cartaz com a foto das placentas onde as meninas estavam envolvidas."
Luiz também fala sobre o parto: "Fiquei de mãos dadas com a Amanda. Conseguimos uma fotógrafa e touquinhas de presente. A equipe recebeu as meninas, limpou, pesou e trouxe para um momento especial. Conforme as meninas foram nascendo, coloquei as toquinhas: Lorena, Luiza e Lavínia. Os nomes foram escolhidos por nós." Lorena nasceu às 10h19, Luiza às 10h23 e Lavínia às 10h26. Luiza foi a maior, pesando 2,080 kg.
A médica Karayna Gil Fernandes, professora da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) e ginecologista e obstetra do Hospital Universitário (HU), destaca que o pré-natal de gêmeos exige cuidados especiais. "É uma gestação de alto risco, que necessita de mais atenção, tanto para a mãe quanto para os bebês. São necessários mais ultrassons e há risco de anemia, diabetes e trabalho de parto prematuro, além de outras complicações."
No caso das trigêmeas, Karayna explica que foi possível prolongar bastante a gestação. "Conseguimos manter a gravidez até 34 semanas, e o parto contou com uma equipe multiprofissional composta por anestesistas, obstetras, pediatras, enfermeiros e técnicos. Aproximadamente 20 pessoas estavam no centro cirúrgico à espera das trigêmeas."
SENTIMENTO
Amanda explica que, se pudesse voltar no tempo, não mudaria nada. “Tudo aconteceu como tinha que acontecer. Tudo está nos planos de Deus e acontece no momento certo". Amanda engravidou naturalmente e aconselha futuras mães. "Não se desespere, não tente antecipar nada. Tudo vem no momento certo."
Luiz, que é programador de máquinas de corte a laser, diz que agora o coração está mais calmo. "No momento do parto, quando a primeira nasceu, chorei um pouco. Mas quando a terceira saiu, fiquei muito emocionado, choramos muito de alegria. Quando as três chegaram para a foto, senti um grande alívio."
As trigêmeas, Lorena, Luiza e Lavínia, estão bem, mas permanecem na UTI Neonatal para observação e controle. E os pais deixam uma mensagem para as filhas. "Queríamos dizer que amamos muito vocês. Vocês são as estrelinhas das nossas vidas e presentes de Deus."
