PROJETO

Ampliação da represa segue o Parque, defende Miguel Haddad

Prefeito na época da inauguração do Parque da Cidade, Miguel relembra concepção do equipamento e como vê ampliação do local

Por Redação | 21/04/2024 | Tempo de leitura: 3 min

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No dia da inauguração, em 1994, havia um balão disponível para público 'voar'
No dia da inauguração, em 1994, havia um balão disponível para público 'voar'

O presente não é o que é sem um passado. Um dia, o que hoje é o Parque da Cidade, um cartão-postal da cidade, foi um desenho planejado a muitos mãos e entregue por Miguel Haddad, em seu segundo mandato como prefeito de Jundiaí.

Ao Jornal de Jundiaí, Miguel, que também foi deputado federal e estadual, contou sobre essa iniciativa, que deu um pontapé à criação de uma cultura de espaços verdes na cidade com a posterior entrega de outras áreas de lazer.

Como surgiu a ideia de construir um parque das dimensões do Parque da Cidade nas margens da rodovia João Cereser?

Há uma história por trás dessa ideia. Quando estávamos finalizando o projeto da ampliação da represa, de modo a garantir por décadas o fornecimento de água a Jundiaí, vimos estampadas nos jornais as notícias do aumento da ocupação desordenada e ilegal às margens da Billings, a represa que fornece água para São Paulo e demais cidades vizinhas. Para evitar que isso ocorresse aqui, no entorno da nossa represa, criamos o Parque da Cidade.

O Parque então é, vamos dizer, o protetor da represa?

Exatamente. Hoje, duas décadas depois, o Parque cumpre rigorosamente esse objetivo, e vai além: com os outros parques de Jundiaí que criamos depois, proporciona aos jundiaienses e aos moradores de cidades do entorno momentos de encantamento e lazer. Agora, para continuar o desenvolvimento de Jundiaí, será necessário aumentar a capacidade da represa e consequentemente ampliar o Parque no entorno do reservatório. Há estudos que estimam que a represa pode passar dos atuais 9,3 bilhões de litros para 12,5 bilhões. Além da proteção desse recurso natural, a ampliação do Parque é uma medida importante para combater o desequilíbrio do clima.

Por falar em clima, como você enxerga que espaços como o Parque da Cidade podem contribuir no combate a esse desequilíbrio experimentado em todo o mundo?

A importância das cidades no combate ao desequilíbrio do clima é reconhecida internacionalmente e muitos governos locais têm pautado seu desenvolvimento com esse compromisso, definindo metas para reduzir as emissões dos GEE (Gases do Efeito Estufa) de forma sustentável. Mais áreas verdes, como parques e corredores naturais, colaboram com a redução desses gases nocivos e reduzem a temperatura nos grandes centros urbanos. Além disso, existem redes e iniciativas internacionais, como o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia, que reúnem municípios de todo o mundo em torno de planos e ações para combater as mudanças climáticas, uma ameaça real à vida na Terra tal como a conhecemos.

Quer dizer que além de ser um espaço de lazer e atividade física, iniciativas como o Parque da Cidade são importantes para enfrentar os desafios da mudança climática?

Sim, e os municípios estão na linha de frente nesse combate. Reflorestamento, mudanças nos sistemas de combustíveis e transportes, novas legislações para a construção civil, geração de energia renovável, entre outros, são essenciais para a diminuição dos GEE. Nosso Parque, além de ser um equipamento de lazer e esporte para todos nós, inclusive para moradores de cidades vizinhas, também é um exemplo de parceiro importante nesse esforço mundial das cidades frente a esse desafio. Vamos comemorar os 20 anos do Parque com as boas lembranças do passado e de olho no futuro, proporcionando encantamento a todos, discutindo a sua ampliação e participando do esforço global dos municípios no combate à ameaça do desequilíbrio do clima.

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