PROJETO

Alunos lançam livro de memórias sobre Hospital Juqueri

Obra conjunta foi produzida pelos estudantes de Jornalismo do Centro Universitário de Campo Limpo Paulista e está disponível on-line

Por Redação | 17/12/2023 | Tempo de leitura: 2 min

REPRODUÇÃO

A obra reúne reportagens, entrevistas e memórias do Hospital Psiquiátrico do Juqueri, que funcionou entre 1898 e 2021 na cidade de Franco da Rocha, na Região Me
A obra reúne reportagens, entrevistas e memórias do Hospital Psiquiátrico do Juqueri, que funcionou entre 1898 e 2021 na cidade de Franco da Rocha, na Região Me

Um grupo de estudantes do Centro Universitário de Campo Limpo Paulista (UniFaccamp) lançou, nesta semana, o livro "Memórias do Juqueri - entre o que foi e o que resta", desenvolvido ao longo do segundo semestre como produto da disciplina "Tópicos Especiais em Jornalismo", com orientação do professor Duílio Fabbri Júnior. A obra reúne reportagens, entrevistas e memórias do Hospital Psiquiátrico do Juqueri, que funcionou entre 1898 e 2021 na cidade de Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo.

"O Juqueri é um marco na história da saúde mental no Brasil, que precisa ser sempre revisitado, uma vez que traz memórias negativas e positivas sobre o tratamento implantado no Brasil ao longo de mais de um século. Por isso, trata-se de um fértil território para abordagens jornalísticas", explica Fabbri Júnior.

O professor relata que o Juqueri chegou a ter 11 mil pacientes internados em época de superlotação na década de 1950. Embora tenham sido implantadas no hospital muitas práticas reconhecidas até hoje como eficientes, como é o caso da arteterapia e a terapia ocupacional, o hospital também foi o cenário de histórias de exclusão, abandono e violência. "O que resta dessa história e que queremos contar é essa luta contra práticas inadequadas, que causaram muito sofrimento para os internos", afirma o professor.

Uma das revelações do livro é a correspondência entre médicos que atuavam em Franco da Rocha e o pai da Psicanálise, Sigmund Freud, entre 1926 e 1931. Além disso, também faz parte da coletânea a história da artista plástica Aurora Cursino, que tem obras expostas na Bienal de Arte de São Paulo deste ano e que permaneceu internada do Juqueri entre 1944 e 1959.

"Este trabalho mostra a preocupação de oferecermos um curso atualizado, com excelente relação teoria e prática e experiências inovadoras aos nossos alunos, com a possibilidade de intervenções sociais frequentes e fortes", explica a coordenadora do curso de Jornalismo da UniFaccamp, Leni Calderaro Pontinha.

Parte do acervo do Juqueri está hoje no Museu Osório César, localizado na área do antigo hospital. Um exemplar de "Memórias do Juqueri - Entre o que foi e o que resta" será doado à instituição.

A obra pode ser acessada gratuitamente em: https://issuu.com/memoriasdojuqueri/docs/memoriasdojuqueri.

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