EXECUÇÃO

Depois do suposto 'pistoleiro', acusado de ser o 'piloto de fuga' se entrega em Jundiaí

Por Fábio Estevam | Polícia
| Tempo de leitura: 3 min
DIVULGAÇÃO / REPRODUÇÃO
O empresário já estava dentro do carro quando levou três tiros, no bairro Guilhermina
O empresário já estava dentro do carro quando levou três tiros, no bairro Guilhermina

O segundo homem possivelmente envolvido como 'piloto de fuga' na execução de um empresário em Praia Grande - a mando da própria esposa -, na madrugada do dia 16 de setembro, se entregou na noite desta segunda-feira (27), em Jundiaí. De acordo com a Polícia Militar, ele se rendeu a uma viatura em patrulhamento, sabendo, inclusive, que já havia um mandado de prisão provisória contra ele, expedido pela Justiça. O outro suspeito de envolvimento, também de Jundiaí, acusado de ser o atirador, já havia sido preso pela Delegacia de Investigações (DIG) no dia 13 deste mês, em Jundiaí. A esposa da vítima também foi presa, porém pela Polícia Civil, em Praia Grande.

O que se entregou nesta noite de segunda-feira, a uma equipe de Força Tática, é apontado pela DIG de Praia Grande, como o homem que aguardou no carro, enquanto o comparsa executava a vítima a tiros. Após a execução, o atirador retorna correndo até uma praça próxima, no bairro da Guilhermina, e ambos deixam o local.

Após a checagem de seus dados e confirmação de que de fato ele estava sendo procurado, os policiais o conduziram ao Plantão Policial, onde a captura foi formalizada, sendo então encaminhado ao Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista, onde ficou à disposição da Justiça.

ENTENDA

Após fechar sua adega, por volta das 3h de sábado (16 de setembro), a vítima se preparava para deixar o local, em seu carro, acompanhado de um casal de amigos, a quem iria dar carona. Neste momento um homem se aproxima e efetua vários disparos, acertando três tiros no empresário. O crime foi gravado por câmeras de monitoramento, que mostram o bandido fugindo logo em seguida. Também na sequência, o empresário sai do carro e cai na calçada, onde fica com os amigos até a chegada da Polícia Militar. Uma ambulância foi acionada e fez o socorro, mas o empresário não resistiu.

Durante as investigações, a esposa dele chegou a dizer, em depoimento, que ele possivelmente poderia ter sido morto por agiotas ou traficantes, com quem supostamente teria dívidas. A farsa, segundo a polícia, caiu por terra com a sequência das investigações, quando ela foi questionada sobre seguros de vida de cerca de R$ 2 milhões, que ela receberia por conta da morte do marido. Foi então que ela confessou ter contratado dois matadores para executarem seu marido, alegando que não o fez por dinheiro, mas sim porque não aguentava mais apanhar do marido - ela foi presa.

Após isso a polícia chegou mais facilmente aos homens supostamente contratados por ela. Um deles (piloto de fuga) chegou a ser preso no bairro Cecap, em Jundiaí, há algumas semanas, mas foi solto na custódia pois ainda não havia mandado de prisão contra ele - agora ele se entregou.

Segundo apurou a reportagem, os assassinos contratados não chegaram a receber pelo 'serviço', uma vez que isso iria acontecer após a esposa receber o valor de dois seguros de vida da vítima, em torno de R$ 2 milhões. Ainda de acordo com apuração do JJ, o elo entre a mulher e os pistoleiros, teria sido uma promotora de eventos, que os indicou para o serviço.

Após isso a Polícia Civil de Praia Grande pediu à Justiça prisão temporária para ambos.

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