VISÃO DE MUNDO

Guerra é de terror e também de informação, opina Faouaz

De origem libanesa, vereador de Jundiaí vem frisando leituras enviesadas sobre conflito Israel-Hamas

Por Mariana Meira | 27/10/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Jornal de Jundiaí

JORNAL DE JUNDIAÍ

Fouaz Taha (PSDB) pôs o dedo na ferida ao falar da guerra no Oriente Médio, que completa 20 dias
Fouaz Taha (PSDB) pôs o dedo na ferida ao falar da guerra no Oriente Médio, que completa 20 dias

O caldeirão que mistura a naturalidade jundiaiense, a descendência libanesa e a carreira pública tem desafiado figuras como o vereador Faouaz Taha (PSDB) na difícil missão de interpretar, daqui do outro lado do planeta, o conflito no Oriente Médio sob uma ótica que filtre as perspectivas parciais.

Após falas firmes e diretas nas sessões da Câmara de Jundiaí, o parlamentar voltou a cutucar a ferida da guerra, que já completa 20 dias, em entrevista à Rádio Difusora. “Têm sido dias difíceis e desgastantes, por ter que contrapor muita coisa que vem sendo veiculada, muitas fake news e notícias enviesadas. É uma guerra de terror mas também de informação”, disse.

Para ele, apesar de o conflito ter emprestado também ao Ocidente a polarização entre direita e esquerda, em uma representação distorcida entre Israel e Hamas, respectivamente, o que vem sendo mostrado pela mídia mascara, de fato, um longo contexto que ajuda a lançar luz sobre o cenário sombrio.

Embora repudie veementemente os ataques do grupo extremista contra o território israelense, Faouaz bate na tecla da voz calada, por mais de sete décadas, do povo palestino. “O que o Hamas fez foi o um ato terrível, mas e Israel, o que tem feito com o povo palestino durante todo esse tempo? Há uma ocupação de uma terra na Palestina onde já tinha gente morando, estamos falando de uma relação entre colonizado e colonizador, de uma tragédia e de um genocídio ao vivo de um povo massacrado. Recortaram, nesses vinte dias, um pedaço da história de muita coisa que aconteceu até aqui, e não tem sido na base do amor”, pontuou.

O vereador também lamentou as recentes tentativas de acordo entre diferentes países, por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), para cessar fogo e também para direcionar a população, que acaba encontrando fronteiras fechadas ao tentar adentrar outros territórios. “A gente não tem visto muita mobilização pra parar. Continua cada vez mais violência, cada vez mais morte de inocentes.”

Sobre sua postura enquanto vereador, Faouaz esclareceu que não há rusga entre os parlamentares na Câmara de Jundiaí, onde, recentemente, houve um embate mais caloroso sobre o conflito no Oriente Médio. Segundo ele, “todos se respeitam” e é natural “a divergência de opiniões”.

Apela, ainda, que as pessoas busquem informações sérias sobre a guerra, para driblar fontes que, além de marcadas pelas leituras enviesadas vistas daqui, também vêm, muitas vezes, com a marca da censura de imprensa.

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