LITERATURA

Jundiaiense retrata mercado artístico

No recém lançado 'Nos bastidores da vida', o autor radicado em Jundiaí, Alipio Rangel utiliza os anos de experiência no mundo das artes para criticar a realidade do país.

Por Redação | 27/10/2023 | Tempo de leitura: 1 min
Jornal de Jundiaí

Divulgação

A protagonista é assessora de imprensa de Adriano, um famoso ator
A protagonista é assessora de imprensa de Adriano, um famoso ator

No recém lançado "Nos bastidores da vida", o autor radicado em Jundiaí, Alipio Rangel utiliza os anos de experiência no mundo das artes para criticar a realidade sociopolítica do país.

Os anos de trabalho como produtor de televisão, cinema, exposições artísticas e eventos inspiraram Alipio a escrever o livro. Nesta ficção, o autor tece críticas à política brasileira, dá visibilidade às dificuldades dos trabalhadores do mundo das artes, descortina as hipocrisias da sociedade e retrata os conflitos da juventude a partir da história de Dora.

A protagonista é assessora de imprensa de Adriano, um famoso ator. Ela está no período de divulgação de uma peça, que, apesar das opiniões positivas da crítica, tem dificuldades de aumentar o público. Mas essa não é a única preocupação dela: após um romance fracassado com o próprio cliente, Dora inicia um processo de reflexão interna ao se envolver com Raquel, uma escultora renomada.

Ao utilizar uma narrativa em terceira pessoa, a obra equilibra descrições, narrações e diálogos sob diferentes pontos de vista. Com esses recursos, o escritor traça um panorama da realidade do país, que está entrelaçada às experiências de vida dos personagens. Alguns demonstram aversão à política por causa das consequências da ditadura militar, enquanto outros evidenciam o descaso da sociedade com a arte por estarem inseridos no mercado artístico.

O enredo de "Nos bastidores da vida" ocorre no final do século XX, mas os temas abordados convidam os leitores a refletirem sobre o país da atualidade. Além do protagonismo feminino, o livro atravessa questões como o conhecimento sobre a sexualidade, os efeitos da corrupção no cotidiano da população, as desigualdades socioeconômicas e a negligência com os trabalhadores da cultura – assuntos que, passadas três décadas, continuam relevantes no Brasil.

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