Opinião

Autismo e história da ciência

30/09/2023 | Tempo de leitura: 3 min

A ciência é um processo de investigação sistemática do mundo natural e social, e sua história é cheia de descobertas e inovações que mudaram a maneira como entendemos o mundo. Estudo científico publicado na renomada revista científica "Nature Neuroscience" em 2023 identifica quatro subtipos diferentes de autismo. Esta é a primeira vez que os grupos são identificados. Cientistas afirmam que a classificação correta contribuirá para a indicação de tratamento e melhor qualidade de vida do paciente com autismo.

As primeiras evidências de pensamento científico podem ser encontradas na pré-história, quando os humanos começaram a desenvolver ferramentas e técnicas para sobreviver e prosperar. Por exemplo, os primeiros humanos aprenderam a controlar o fogo, a cultivar alimentos e a construir casas. A ciência antiga foi desenvolvida em várias civilizações, incluindo a Grécia, a China, o Egito e a Mesopotâmia. Os antigos gregos são particularmente conhecidos por suas contribuições para a ciência, incluindo a geometria, a astronomia e a medicina. A ciência na Europa medieval foi dominada pela Igreja Católica, que muitas vezes via a ciência como uma ameaça à sua autoridade. No entanto, alguns estudiosos medievais, como Roger Bacon e Nicolau Copérnico, continuaram a fazer contribuições significativas para a ciência.

O Renascimento, que começou na Itália no século XIV, foi um período de renascimento do pensamento clássico. Durante o Renascimento, a ciência floresceu, com contribuições de cientistas como Leonardo da Vinci, Galileo Galilei e Johannes Kepler. A Idade Moderna, que começou no século XVI, viu um rápido progresso científico. Durante esse período, cientistas como Isaac Newton, Charles Darwin e Albert Einstein fizeram descobertas que mudaram a maneira como entendemos o mundo. O século XX foi um período de grande avanço científico. Durante esse período, cientistas fizeram descobertas em áreas como física nuclear, biologia molecular e tecnologia da informação. A ciência no século XXI continua a avançar a um ritmo acelerado. Cientistas estão trabalhando para resolver alguns dos maiores desafios do mundo, como meio ambiente e saúde.

A história da ciência é uma história de progresso e inovação. A ciência continua a avançar a um ritmo acelerado, e é impossível dizer o que o futuro reserva para a ciência. No entanto, uma coisa é certa: a ciência continuará a desempenhar um papel fundamental na compreensão do mundo ao nosso redor. Em um estudo publicado na revista Nature Neuroscience em 2023, pesquisadores da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, identificaram quatro subgrupos de autismo. Os subgrupos foram identificados usando uma combinação de dados de neuroimagem, expressão gênica e comportamento.

Os quatro subgrupos são: 1: Escassez grave na comunicação social e comportamentos repetitivos ou estereotipados; 2: Escassez moderada na comunicação social e comportamentos repetitivos ou estereotipados; 3: Escassez leve na comunicação social e comportamentos repetitivos ou estereotipados; 4: Escassez na comunicação social e comportamentos repetitivos ou estereotipados, mas com inteligência verbal acima da média.

Os pesquisadores acreditam que a identificação desses subgrupos pode ajudar a melhorar o diagnóstico e o tratamento do autismo. As pessoas com autismo podem apresentar características de mais de um subgrupo. As causas do autismo ainda não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que sejam uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Estudos genéticos identificaram centenas de genes que estão associados ao autismo, mas nenhum gene é o responsável exclusivo pelo transtorno.

Enfim, as pessoas com autismo podem levar uma vida feliz e produtiva. Com o apoio adequado, podem frequentar a escola, trabalhar e ter relacionamentos. A pesquisa científica sobre o autismo está em constante evolução. Os cientistas estão usando uma variedade de métodos, incluindo: estudos genéticos; de neuroimagem; e comportamentais. A pesquisa científica sobre o autismo está ajudando a entender melhor o transtorno e a desenvolver tratamentos mais eficazes.

Nélio Reis é Ph.D., professor e editor-chefe do periódico científico RIS - Qualis B4 (nelio.reis.phd@gmail.com)

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