Opinião

Agendas e ações fundamentais para o Brasil

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Assim como na vida em que os fatos vão se sucedendo, também na economia, os fatos acontecem, ora de forma negativa, ora de forma positiva.

Em maio passado, dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontaram uma inflação medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo, de 0,23 %, bem abaixo de abril, com 0,61 %. Com esses números, a inflação em doze meses (de junho de 2022 a maio de 2023), ficou em 3,94 %, o que nos permite visualizar uma inflação gregoriana, portanto, de janeiro a dezembro deste ano em cerca de 5 %.

Dois aspectos de importância fundamental para a economia brasileira. O primeiro, a perspectiva firme da queda na Taxa Básica de Juros - a Selic, hoje em 13,75 %. O Banco Central já sinalizou que arrefecendo a inflação e com o Governo praticando uma Política Fiscal com rigor, de forma a não aumentar a proporção da dívida em relação ao PIB - Produto Interno Bruto, que os juros irão cair. O segundo, é que a inflação menor alivia a queda no poder de compra da população com renda mais baixa, o que pode estimular aumento do consumo. A soma desses fatos podem contribuir para o crescimento dos investimentos e para o crescimento da economia.

Outro registro relevante foi o crescimento econômico do primeiro trimestre de 1,9 %, comparado com o último trimestre de 2022.

Temos em pauta duas ações fundamentais para o País: O novo Arcabouço Fiscal e a Reforma Tributária. Em ambos os projetos, corremos o risco de grandes interferências, que podem encaminhar resultados, para o bem ou para o mal do País, estruturalmente.

Como escreveu Felipe Sauto, em artigo no jornal O Estado de São Paulo:

"Estamos numa situação na qual se aplica a teoria da impossibilidade de Arrow. É que a soma das preferências individuais leva a impossibilidade de uma decisão coletiva razoável." Esse é um fato muito relevante, que retrata a realidade que se materializam constantemente em nosso País.

A equipe econômica do Governo, vem empreendendo um grande esforço para melhorar o ambiente econômico, com múltiplos objetivos: Reduzir a inflação; melhorar a configuração tributária para simplificar a leitura e o entendimento empresarial, com uma nova estrutura bem mais desburocratizada, facilitando o pagamento dos impostos e, ao mesmo tempo, praticar maior justiça tributária entre os Entes Públicos (Municípios, Estados e a União) e, também, beneficiando os consumidores com rendas mais baixas. Esperamos que aconteça.

Com os indicadores econômicos mais favoráveis, como a queda da inflação e o crescimento econômico acima das previsões e expectativas, o valor do dólar vem caindo e a Bolsa de Valores subindo, o que é favorável para a atividade econômica.

Se o Presidente Lula colocar os pés no chão e abandonar ideias mirabolantes, como a ampliação dos Brics (hoje com Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul), assim como a adoção de uma moeda comum para as transações econômicas entre esses Países; a revitalização da UNASUL - União Econômica entre os Países da América do Sul; e se concentrar nas ações fundamentais para o Brasil, como maior presença junto ao Congresso Nacional. E o fortalecimento de uma Agenda Ambiental, poderemos sim almejar um futuro melhor para o nosso País.

 

Messias Mercadante de Castro é professor de economia, membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresas (messiasmercadante@terra.com.br)

 

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