TECNOLOGIA

Antenas do 5G emitem radiação inferior à prejudicial

De acordo com especialista, não há comprovação científica que justifique preocupação com as antenas que emitem o novo sinal

Por Nathália Sousa | 03/03/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Divulgação

Antenas vem sendo instaladas para atender a demanda do sinal
Antenas vem sendo instaladas para atender a demanda do sinal

No início deste ano, o 5G começou a se tornar realidade na região, pois Itupeva foi um dos municípios habilitados para receber o sinal. Em Jundiaí, enquanto a tecnologia não é habilitada, as prestadoras de telefonia móvel se preparam fazendo a instalação de mais antenas, a fim de atender a demanda gerada pela rede. No entanto, as antenas causam preocupação em algumas pessoas, que temem efeitos negativos da frequência.

Neurocirurgião, Eduardo Alcântara diz que não há motivos para se preocupar com o 5G. "Até a semana passada, discutiam no prédio em que minha mãe mora sobre a instalação de uma antena, mas não tem nada disso. O 5G precisa de mais antenas, porque são ondas mais curtas, por isso aumenta o número de antenas, até em prédios. Até estudei sobre isso no ano passado, porque sempre me perguntavam, mas não tem nada de errado relacionado ao 5G. Já fizeram estudos na Coreia do Sul, que tem a tecnologia há mais tempo, e até o presente momento não há nada. Claro que é recente, mas estudos não indicam contraindicação até o momento", explica.

O médico também fala que o celular, receptor do sinal, não representa riscos neste sentido. "O uso do celular gera outros problemas, como dor de cabeça e no pescoço. Há equipamentos que emitem ondas mais frequentes, mas o celular é mais fraco. E tem métodos para minimizar a exposição, mas não há contraindicação. Pode aparecer algo em anos, mas até hoje não soubemos de estudos que comprovem."

Alcântara lembra que outros objetos emitem ondas de diferentes frequências. "Para equipamentos do dia a dia, como microondas e antenas de rádio, não há nenhum tipo de problema. As antenas maiores geralmente ficam afastadas dos centros urbanos. Os equipamentos, até o presente momento, não têm nenhum problema. Importante reiterar que essas orientações são baseadas em estudos e não tem nada que comprove isso", afirma.

Em Jundiaí, de acordo com a nPerf, empresa que testa a velocidade de internet fixa e móvel, a rede predominante entre as quatro operadoras de telefonia móvel é a 4G , mas há também cobertura de 2G, 3G, 4G e a 5G começa a surgir.

EXPANSÃO

A Associação Brasileira de Infraestrutura para as Telecomunicações (Abrintel) informa que não há quaisquer malefícios à saúde humana nas antenas fixadas sobre residências, ruas, ou em torres de telecomunicações. Essas antenas são fixadas em parâmetros aceitáveis e validados pela OMS e pela ICNIRP (Comissão Internacional de Proteção Contra Radiação Não Ionizante). Além disso, todas as radiações, sejam de televisão, rádio ou telefonia, estão dentro de uma faixa de natureza não ionizante, ou seja, não interagem com as moléculas do corpo humano, diferentemente de aparelhos como os de raio-x e radiação eletromagnética, considerados ionizantes.

A Abrintel informa ainda que, no Brasil, o 4G é prestado predominantemente em ondas de 700MHz, enquanto o 5G na faixa de 3.500MHz, ambos na faixa não ionizantes. Já as ondas ionizantes têm valor de radiofrequência milhões de vezes acima dos valores empregados na Telefonia móvel (na casa dos Terahertz) ou seja, a faixa de operação do 5G está longe de ser ionizante, ou seja, emitir radiação maléfica.

De todo modo, o órgão diz que são seguidos parâmetros de segurança. O efeito imediato que uma potência mais elevada de radiação não ionizante pode causar é o aumento de temperatura do corpo que está na frente deste aparelho. Hoje, todas as antenas instaladas no ambiente urbano funcionam em níveis controlados, testados e licenciados pela Anatel.

1 COMENTÁRIOS

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  • Tercio Prata
    03/03/2023
    a cobertura em Jundiaí só não é melhor graças às antiquadas leis municipais... Excelente artigo, ajuda a diminuir a ignorância...