RECONHECIMENTO

Espaço Maker mescla tecnologia a conhecimentos essenciais

Por Rafaela Silva Ferreira |
| Tempo de leitura: 3 min
Daniel Tegon Polli
Anna Beatriz e Gabriela passaram a ter acesso a computadores para aprendizagem
Anna Beatriz e Gabriela passaram a ter acesso a computadores para aprendizagem

Jundiaí chega aos 366 anos com o título de Cidade das Crianças e investimentos cada vez maiores na Educação. A partir do programa Escola Inovadora, o município ganhou mais reconhecimento educacional ao implantar um novo método de educação chamado Laboratório Maker, envolvendo a era digital e conhecimentos essenciais para o desenvolvimento intelectual das crianças.

Os Laboratórios Makers são espaços compartilhados dentro da escola para que os alunos coloquem a teoria em prática. Na EMEB Joaquim Candelário de Freitas, na Vila Hortolândia, esse espaço se tornou popular. Por lá, o laboratório foi criado a partir do planejamento com as crianças da escola que, durante a projeção das novas ideias, puderam opinar sobre as suas necessidades e desejos. Nesta perspectiva, criou-se um ambiente em que a cultura maker e as tecnologias educacionais pudessem ser vivenciadas entres os 1,2 mil alunos que estudam ali.

A professora Elaine Aparecida, de 45 anos, leciona em uma turma do 5º ano. "O laboratório proporciona uma variedade de recursos. Inclusive com a inclusão social, o que é muito significativo." Ela também se glorifica dos resultados. "O maker traz atividades a partir do nível de aprendizagem de cada criança, então conseguimos atingir as necessidades delas e trabalhar nisso."

CRIANÇAS

Anna Beatriz Barbosa e Gabriela Lopes Brisque estão no 5º ano. Elas contam que, de repente, ficou mais fácil memorizar matérias escolares, tudo graças à tecnologia e aos jogos que foram apresentados a elas. Segundo Brisque, "ficamos sempre muito ansiosas para passar um tempo no laboratório porque, antes, a escola era um lugar que não tinha tecnologia nenhuma. Agora mexemos com diversas máquinas." Anna Beatriz completa: "Se temos alguma dificuldade em sala de aula, vamos para o espaço maker e aprendemos tudo na prática".

Já Thierry Gabriel da Silva, também do 5º ano, afirma que a proposta dos Chromebooks (novo modelo de computador) é a melhor coisa que ele já viu. "Acho a aprendizagem mais divertida e menos enjoativa. É tudo mais dinâmico com os computadores."

Leo Henrique, João Arruda e Lorena Rezende também comentam que a tecnologia foi essencial não só para os acessos simples da internet, mas também para as descobertas históricas que aprendem nessa época de ensino fundamental. "O maker ajudou a gente tanto na tecnologia quanto nas aulas normais, como por exemplo a aprender História do Brasil." completa Leo. Já Lorena finaliza: "Em matemática também. Conseguimos ver os ângulos em 3D, e não apenas impressos em papéis."

ESCOLA INOVADORA

O Programa Escola Inovadora possui três eixos marcantes de trabalho: a ambiência, a formação de todos os educadores da rede municipal e encontros presenciais, fortalecendo o trabalho de cada profissional da rede.

Gestora da Unidade de Gestão de Educação (UGE), Vastí Ferrari Marques comenta os diferenciais. "O programa Escola Inovadora não é exclusivamente para reforma ou pintura da escola. A prova disso está nos nossos altos índices em avaliações externas, hoje em 6.8." Vastí também lembra que a tendência é a ampliação do projeto de cultura maker no modelo de 'Desemparedamento da Escola', metodologia que tem sido desenvolvida por Jundiaí com o objetivo de tirar as crianças da sala de aula, como se esse fosse o único lugar onde elas aprendem. "Queremos que as crianças sejam estimuladas a conviver em diferentes espaços na escola e fora dela, considerando os conteúdos essenciais descritos no Currículo Jundiaiense. Afinal, Jundiaí é a Cidade das Crianças e o Programa Escola Inovadora faz parte de tudo isso."

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