TURISMO

Uzbequistão: Os tesouros de Zoroastro e da Rota da Seda

Por Redação | Foryoutour
| Tempo de leitura: 6 min
Divulgação
Bukhara
Bukhara

Onde hoje chamamos de Uzbequistão, foi nos tempos da célebre Rota da Seda, o principal ponto da rota. Foi um dos principais locais de troca de mercadorias, comércio e onde floresceu as artes e foi alvo de diversos conquistadores ao longo dos séculos. Mas o Uzbequistão é um lugar que desde tempos imemoriais é habitado por diversos povos e culturas, o que torna esse em um dos países mais singulares do mundo.

Partilhando fronteiras com todos os outros cinco países que terminam em “istão”, que significa "Terra de" em persa, o Uzbequistão reside no coração da Ásia Central. Foi aqui que Alexandre, o Grande imperou, e que o  senhor da guerra e célebre conquistador Timur Lenk nasceu. Uma tal encruzilhada cultural permite ao país exibir uma orgulhosa e heterogênea história artística, exemplificada pelas mais magníficas cidades da Ásia Central e algumas das construções mais incríveis do mundo muçulmano.

A jornada iniciará por Tashkent, a capital do país e um exemplo perfeito de uma cidade de arquitetura e urbanismo dos tempos da dominação soviética onde visitará lugares mais emblemáticos da cidade como a Praça da Independência e da Eternidade, esta praça é composta pelo Monumento da Independência e Humanitarismo inaugurado em 1991, o Memorial da Segunda Guerra Mundial, que é a estátua em homenagem aos mortos na Segunda Guerra Mundial ou o Arco Ezgulik em a entrada da Praça; fontes da cidade e monumentos modernos, Praça Amir Temur, Praça da Ópera e Ballet, metrô da cidade, Museu de Artes Aplicadas e também o antigo mercado e a parte antiga da cidade.

Após explorar Tashkent, é a hora de ir ao extremo oeste, para a cidade de Nukus, a "capital" da pequena República do Karakalpakistan.  Visitar o complexo de Mizdakhan e o antigo cemitério na vila de Hojeyli. também o museu de belas artes, chamado Igor Savitsky, em homenagem ao seu fundador. Neste museu é preservada uma das melhores coleções de mestres da vanguarda soviética. O museu também possui importantes artesanatos de Karakalpak e coleções antigas de Khorezm. Além de ter a oportunidade de visitar Moynak, a antiga vila de pescadores no Mar de Aral, onde terá a oportunidade de conhecer o cemitério de navios.

Ao longo do caminho de Nukus Ayaz Kala para Khiva, visitar as fortalezas de Kizil Kala, Toprak Kala e Ayaz Kala. São as maiores e mais bem preservadas construções dos tempos de Zoroastro que há no mundo. Já teve diversos usos e hoje é um monumento, Patrimônio da Humanidade Unesco. É por isso que Ayaz-Kala é chamada de Fortaleza da Luz desde então. A luz e as trevas eram os aspectos mais significativos desta religião. A luz significava Paraíso e o oposto era o submundo. Pode-se observar   como essa fortaleza foi homenageada e comparada aos valores mais importantes da cidade.

A lenda, Khiva foi fundada no local onde Shem (filho de Noé) cavou os poços de Keivah. Khiva foi, até o início do século 20, a capital de Korasmia (que era um reino vassalo do Império Persa). A região particularmente árida desenvolveu um complexo sistema de irrigação a partir do 2º milênio aC. e foi ocupada por diferentes conquistadores: persas, gregos, árabes, mongóis e uzbeques. Por esse dominio da irrigação, que é a base até hoje para todo sistema de irrigação que há no mundo, ela foi muito desejada por diversos povos e conquistadores. Foi o lar de dois dos mais sábios que já existiram, matemático al-Khuarismi (c. 780–850) e do grande sábio enciclopédico al-Biruni (973–1048). Aqui terá dentro da cidade murada, algumas das construções mais impactantes da Ásia Central no Complexo Arquitetônico Ichan-Kala (séculos XII-XIX): Kalta Minor, Castelo Kunya Ark, Madrasa Mohammed Rahim Khan, Minarete e Madrasa Islom Khodja. Pode  visitar: Complexo Arquitetônico Tash Hovli (harém do século XIX), Mausoléu Pahlavan Mahmud (séculos XIV-XVIII), Mesquita Juma (século X), Madrasa Allikulikhan. É conhecida também como a cidade museu do Uzbequistão.

De Khiva essa incrível jornada segue para Bukhara e essa viagem por terra poderá ser feita em carro ou trem (depende da disponibilidade de trens na data já que não opera todo dia). Bukhara tem sido um dos principais centros da civilização iraniana ao longo da história. Sua arquitetura e sítios arqueológicos fazem parte dos pilares da história e da arte persas. A região de Bukhara foi por um longo período parte do Império Persa. As suas principais edificações são o Mausoléu de Samani, fonte sagrada de Chashmai Ayub, Mesquita de Bolo Hauz, Cidadela da Arca, Minarete de Kalyan e Mesquita Poi Kalyan, Madrasa Árabe de Miri, Domo de Toki Zargaron, Madrasas de Ulughbek e Abdullazizkan, Domo de Toki Telpak Furuhon, Mesquita de Magoki Attory , Toki Sarafon Dome, Complexo Arquitetônico Lyabi Hauz, complexo de duas madrasas e uma Khanaka, Chor Minor. Em Bukhara será possível visitar uma família que vive nos arredores da cidade onde todos vão conhecer a hospitalidade uzbeque onde visitará uma família local e podemos passar um dia, ajudar nas coisas do dia a dia, e aprender as coisas da cozinha nacional. Na chegada conheceremos a família uzbeque, tomamos chá com doces orientais, é uma tradição oriental receber os convidados à mesa com chá quente, em uzbeque é chamado de "dastarkhon". Mais tarde com as mulheres da casa podemos aprender a fazer o pão uzbeque “LEPESHKA”: O cardápio diário das pessoas no Uzbequistão sempre deve incluir essa maravilha gastronômica - pão tandyr quente, em linguagem comum chamado lepyoshkas, que são únicos em seu sabor, qualidades nutricionais e nunca são enjoativos. Enquanto isso, os homens podem aprender a cozinhar a comida nacional “PLOV”: Plov é uma maneira tradicional de cozinhar arroz, com legumes, cordeiro ou carne, e com condimentos picantes. Segundo fontes antigas, Timur Lenk (Tamerlão) incluiu-o como um menu básico para suas tropas.

Samarcanda é uma das cidades mais antigas do mundo ainda habitadas. Dada a sua localização, Samarcanda prosperou por estar localizada no meio da Rota da Seda, por isso se diz que ela é o “coração” da Rota. Tornou-se uma das maiores cidades da Ásia Central e já foi capital da satrapia de Sogdiana sob a dinastia aquemênida da Pérsia, quando Alexandre o Grande a conquistou por volta de 329 aC. O historiador grego da época imperial Arriano de Nicomedia descreve que a ocupação desta região não foi uma tarefa fácil, pois se opôs tenazmente a ser subjugada, pois tinha fácil defesa devido à sua cidadela, como indica o historiador romano Quinto Curcio Rufo. Sob o Império Sassânida, Samarcanda floresceu e se tornou uma das cidades mais importantes do Império Persa onde terá a oportunidade de conhecer os seus símbolos como a Praça Registan, tida como uma das mais belas do mundo, Madrassa Ulughbek (século XV), Madrassa Shir-Dor (século XVII), Madrassa Tilla-Kori (século XVII), Mausoléu Guri Emir (tumba de Tamerlão, séculos XIV-XV). Conhecerá o  Complexo Arquitetônico Shakhi-Zinda (séculos IX-XV), Museu da Cidade Antiga de Afrosiyab, Observatório Ulughbek (século XV), Mesquita Bibi-Khonum, Siab Bazaar. Visita à fábrica de vinhos Khovrenko: Quando o Império Russo tomou o território da Ásia Central, filas de mercadores e empresários chegaram às grandes cidades, prontos para desenvolver todas as riquezas desta região. O enólogo e empresário russo D.M. Filatov abriu a primeira vinícola no Uzbequistão. Por 15 anos de trabalho, ele trouxe a planta para o nível mundial: a variedade de vinho "Biishty" (que se traduz como "paraíso") recebeu uma medalha de ouro na Exposição Internacional de Vinhos e Conhaques em Paris, após a qual colecionadores de todos o mundo começaram a vir a Samarcanda para conhecer este vinho incrível. Nos arredores de Samarcanda ainda pode-se visitar a fábrica de produção de papel velho.

Comentários

Comentários