Uma família moradora no Prolongamento da Vila Santa Cruz, em Franca, vive momentos de angústia e indignação após a cachorrinha de estimação, chamada Katy, de 6 anos, ser atropelada na porta de casa. O caso, registrado na Rua Cesário João Careta, envolve a acusação de omissão de socorro por parte da condutora do veículo.
Segundo o relato da tutora, o acidente ocorreu enquanto o marido e um vizinho capinavam a frente da residência. A cachorra estava parada na rua, quando um veículo Ford EcoSport passou e a atingiu.
"Dá para ver no vídeo que ela não corre, ela ficou o tempo inteiro parada. A mulher vem com tudo em cima da cachorra. Dá até uma pancada, a cachorra grita. É um barulho tão alto que deu para escutar de dentro de casa", relatou a tutora.
Fuga e perseguição
De acordo com a denúncia, a motorista não parou o veículo após o impacto e seguiu viagem. O marido da tutora pegou o carro da família e perseguiu a condutora, alcançando-a cerca de três quarteirões à frente, próximo à Praça do Ângela Rosa.
Ao ser confrontada, a mulher teria alegado que "nem viu e nem escutou" o atropelamento. "Ela se fez de desentendida e perguntou o que poderia fazer", contou a dona do animal.
Estado de saúde delicado
Katy foi socorrida às pressas e levada a uma clínica veterinária. Apesar do susto, ela sobreviveu, mas o diagnóstico é preocupante. A cadela sofreu uma fratura na bacia, teve sangramento, escoriações e uma contusão na cabeça (traumatismo), que levantou suspeitas de danos neurológicos.
O animal permaneceu internado e os custos com o tratamento veterinário são elevados.
Impasse financeiro
A família tentou um acordo amigável para que a motorista ajudasse a custear as despesas médicas, mas teve o pedido negado. Segundo os tutores, a condutora alegou, orientada por um advogado, que não tem obrigação de pagar nada pois o animal estava na rua, eximindo-se de culpa.
"Ela se negou a ajudar. Disse que não tinha nada a ver com isso. Mas no vídeo parece maldade, porque a cachorra estava parada, dava para ver de longe e ela poderia ter desviado ou freado", desabafou a tutora.
A família agora busca justiça, alegando maus-tratos pela falta de socorro imediato. "Peço justiça por ela, porque o tratamento ficou caro e a mulher não moveu um dedo, nem para levar na clínica", concluiu.

Cachorrinha Katy
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