
De Capital do Calçado para Capital do E-commerce? Pode soar exagerado, mas o futuro de Franca não passa mais pelas fábricas de sapatos — ou, pelo menos, não completamente. Apesar da mudança de cenário, os francanos são otimistas em relação ao futuro. Em pesquisa realizada pela Ágili, encomendada pelo portal GCN/Sampi, 61,1% mostraram-se otimistas em relação ao futuro da cidade.
Em entrevista ao jornalista Corrêa Neves Jr., durante o programa A Hora É Essa!, da Rádio Difusora, o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) previu essa queda de protagonismo da indústria calçadista. "Há três anos falamos isso: 'o calçado não é mais'. O calçado foi importante, é importante, mas não é mais o carro-chefe. Parece um ciclo se esgotando."
É o fim da indústria calçadista francana? Para o prefeito, não! No entanto, é momento de mudar a estratégia. "Não precisamos mais exportar 44 milhões de pares de sapatos. Podemos exportar 5 milhões de pares, mas com valor agregado muito maior e, consequentemente, aumentar o salário daqueles que são especializados e fazem os sapatos de maior qualidade do mundo".
Alexandre acredita na importância do setor calçadista, mas percebe que as pessoas já não querem mais investir nessa área. "Somos uma das principais cidades de e-commerce do país, se não a maior, perdendo apenas para São Paulo. Já estamos vendo isso".
Ainda segundo pesquisa realizada pela Ágili, 82% dos entrevistados acreditam que Franca tem potencial para se transformar em um polo tecnológico, enquanto 15,1% são contrários. Além disso, 60,8% veem como positiva a transição econômica para o e-commerce; outros 21,2% responderam "nem uma coisa nem outra", 16,8% discordam e 1,2% não souberam ou não quiseram opinar.
"Temos fábrica de drones, fábrica de software e fábrica de soluções tecnológicas, que eram impensáveis há 2, 3 ou 4 anos. Temos um profissional desenvolvendo um software que controla um drone remotamente, da Inglaterra, para captar água no Canal da Mancha e testar sua qualidade. Ele está fazendo isso a partir de Franca".
O prefeito reforçou os trabalhos realizados para incentivar o crescimento tecnológico. "A gente criou uma lei de sandbox, que significa o seguinte: todo mundo que tem uma startup e uma tecnologia nova pode testá-la primeiro, sem ter que pagar imposto ou enfrentar toda aquela parafernália de documentação da empresa. (...) Se funcionar, ele registra a empresa".
"Estou financiando essas empresas pelo Banco do Povo. Criei e modifiquei o sistema de atendimento da Incubadora Tecnológica, que hoje funciona na Uni-Facef", finalizou.
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Comentários
3 Comentários
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Gabiroba 22/04/2025Ele tem razão! Somos uma potência no ecommerce...Mas nada graças a ele ou algum ex prefeito ou político! Pq incentivos nunca houveram, redução de impostos jamais, capacitação nem pensar! Ele poderia estar mais focado é em falar da tecnologia que ele adquiriu para o pronto socorro, para uma UBS, de equipamentos que investiu para as creches... Mas não! Fica se vangloriando por resultados de terceiros!
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Passarinheiro 21/04/2025Esse prefeito só fala no singular, eu,eu,eu...
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Frqncano 21/04/2025Alexandre pinóquio, o mentiroso.