PESQUISA

Violência supera Saúde como maior preocupação da população

Por Corrêa Neves Jr. | Editor do GCN/Sampi
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Imagem mostra estabelecimento furtado em Franca; longa espera na Saúde e sujeira deixada por moradores de rua
Imagem mostra estabelecimento furtado em Franca; longa espera na Saúde e sujeira deixada por moradores de rua

Os números da pesquisa GCN/Sampi contratada junto ao instituto Ágili trazem uma surpresa: desde que os levantamentos de avaliação da administração municipal, da Câmara e dos problemas da cidade começaram a ser feitos regularmente, há cinco anos, é a primeira vez que a área de Saúde não aparece como o principal problema de Franca. 

Para 32,1% dos entrevistados, que representam mais de um terço da população, a violência é o maior problema da cidade hoje. A área de Saúde aparece em segundo lugar (29,7%), seguida pelos moradores de rua (9,2%), desemprego (7,5%) e transporte (6,6%).  Áreas comumente apontadas como problemáticas, como limpeza urbana (1,7%), educação (1%) e habitação (0,2%) estão longe de serem os maiores desafios na opinião da grande parte da população. 


A violência é um problema visto como o maior de todos por mais homens (35,9%) do que mulheres (28,8%) – para elas, a Saúde (33,8%) ainda é a grande preocupação. Mas é na população que tem 60 anos ou mais que a sensação de insegurança é ainda mais evidente, com 44,3% deste segmento identificando na violência o grande problema de Franca. 

A Saúde é vista como a maior preocupação especialmente por quem tem entre 25 e 34 anos (39,3%), para quem tem ensino superior (33%), e para quem tem renda de até dois salários-mínimos (33,5%) ou entre 5 e 10 salários-mínimos (33,9%). 

Os moradores das zonas Norte (35,5%) e Oeste (34,7%) são os que mais temem a violência, enquanto os residentes no Centro são os menos intranquilos.

Nas faixas de renda, a população que ganha entre 2 e 5 salários-mínimos mensais é a que mais aponta a violência (37,6%) como o principal problema da cidade, enquanto os que tem renda entre 5 e 10 salários-mínimos são os menos preocupados (23,2%) – para estes últimos, a saúde (33,9%) é o grande desafio de Franca. 

Os moradores de rua são uma grande preocupação para os moradores das regiões Central (12,9%) e Sul (12,9%), assim como para quem ganha de 5 a 10 salários-mínimos (16,1%).

O desemprego é um fantasma para os jovens, especialmente para quem tem entre 16 e 24 anos (18,5%) ou de 25 a 34 anos (13,1%). Nas faixas de renda, é um tormento para quem ganha de 5 a 10 salários-mínimos (16,1%).

Leia mais:
Alexandre é aprovado por 64,2%; Câmara tem reprovação de 58%
Cartão-alimentação, assessores e mais vereadores são rechaçados

A pesquisa de avaliação de governo e de desafios da cidade foi encomendada pelo portal GCN/Sampi junto ao instituto Ágili, o mesmo que fez os levantamentos do período eleitoral com grande grau de precisão.

Foram realizadas 575 entrevistas entre os dias 31 de março a 3 de abril com moradores de Franca, maiores de 16 anos, estratificados por sexo, idade, região, escolaridade e nível de renda. A margem de erro é de 4 pontos, para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95%. A pesquisa foi custeada com recursos próprios pelo GCN.

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários