ASSASSINATO

'Morreu mesmo, né?', questionou jovem após matar padrasto

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
GCN
Enquanto vizinhos observavam a cena em silêncio, na calçada, uma mulher chorava compulsivamente a morte do marido
Enquanto vizinhos observavam a cena em silêncio, na calçada, uma mulher chorava compulsivamente a morte do marido

A rua Pedro Spessoto, na Vila Santa Cruz, foi tomada pelas luzes vermelhas e azuis das viaturas da Polícia Militar, do Samu e da Perícia Técnica na noite da última quarta-feira, 26, após um enteado matar seu padrasto com um golpe fatal usando um pedaço de madeira.

Enquanto vizinhos observavam a cena em silêncio, na calçada, uma mulher chorava compulsivamente. Não pelo filho, que acabara de matar um homem, mas pelo marido que estava estirado no chão, sem vida, dentro da casa onde haviam se mudado havia pouco mais de um mês.

"Meu homem... minha vida… meu eterno amor...", repetia entre soluços, como se o tempo pudesse reverter o inevitável.

Dentro da casa, na sala, o jovem que matou o homem aguardava seu destino. Quando os policiais chegaram para entender o que havia acontecido, uma das primeiras coisas que ouviram foi:

— "Morreu mesmo, né?"

A paulada foi certeira, definitiva. Não houve mais briga, não houve tempo para muito mais. Apenas um golpe seco, um corpo caindo e o choro desesperado da mulher, que não aceitava o que estava acontecendo.

“Ele não fez nada. Ele matou meu amor. Meu eterno amor. Quero que esse demônio vá embora”, dizia a mulher aos berros no telefone.

Segundo o jovem, o crime foi motivado por vingança. Ele relatou aos policiais que a mãe sofria agressões sempre que o padrasto retornava do trabalho embriagado. No entanto, a versão da mãe é diferente: ela alegou que os homens entraram em conflito devido à divisão das tarefas domésticas. Foi nesse contexto que o adolescente decidiu matar o homem, que trabalhava em um renomado varejão de Franca.

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Minutos depois, já ciente de seu destino, o jovem entrou calmamente na viatura e foi levado para a CPJ (Central de Polícia Judiciária), onde a ocorrência foi apresentada.

O destino quis que, dentro da viatura que o levou, também estivessem sua mãe e sua irmã, que acabavam de ver o marido e pai, respectivamente, morto.

O homem, que ainda não teve a identidade divulgada, era natural da Bahia e foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Franca pela funerária.


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