Na última segunda-feira, 7, a Polícia Civil chegou a uma importante reviravolta em um caso de homicídio que chocou moradores de Igarapava, na região de Franca.
Após ser interrogado, Cleber Balduíno de Oliveira confessou o assassinato de sua ex-companheira e ainda levou as autoridades ao local onde ocultou o corpo.
O caso, que havia se iniciado como uma investigação de desaparecimento, ganhou contornos dramáticos com a confissão do suspeito, que afirma ter agido sozinho. O crime, de acordo com o depoimento do homem, ocorreu na madrugada do sumiço, na sexta-feira, 27, quando ele e Maria de Fátima Batista teriam entrado em uma discussão na residência dele.
Segundo o relato do assassino, houve agressões mútuas, e em um momento de descontrole, ele a estrangulou, levando-a à morte. Ao perceber o ocorrido, e tomado pelo desespero, decidiu ocultar o corpo para tentar evitar futuras implicações criminais.
Ocultação e busca pelo corpo
O corpo da Maria de Fátima foi enterrado em uma área rural entre Igarapava e Buritizal. Após confessar o crime, o suspeito acompanhou a polícia até o local. No entanto, a busca inicial foi frustrada, pois o canavial onde ele afirmava ter enterrado o corpo havia sido colhido, alterando significativamente o cenário.
A investigação foi retomada na manhã de terça-feira, 8, com o auxílio de um rastreador presente na caminhonete do suspeito. A empresa responsável pelo dispositivo forneceu à polícia uma planilha com as localizações do veículo nos dias próximos ao desaparecimento da vítima.
Com essas informações, a equipe de investigação conseguiu finalmente chegar ao local exato onde o corpo havia sido enterrado.
Arrependimento e confissão
Durante o interrogatório, Cleber demonstrou estar abatido e arrependido. Ele contou que o relacionamento com Maria havia terminado em julho, após ele descobrir uma traição. Mesmo após o término, os dois mantiveram contato, com a mulher frequentando a casa dele regularmente, o que, segundo o suspeito, gerava frequentes discussões.
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Gabriel Fernando da Silva, responsável pelo caso, afirmou que, com base nas análises e nas provas colhidas, tudo indica que Cleber agiu sozinho, descartando a participação de outras pessoas no crime e na ocultação do cadáver.
"A análise das imagens e as evidências apontam que ele cavou a cova de aproximadamente 50 centímetros e enterrou o corpo da vítima por conta própria", disse o delegado.
O processo de investigação
A advogada do suspeito esteve presente durante todo o processo de confissão e se mostrou colaborativa, segundo a polícia. Ela acompanhou as diligências, incluindo a ida ao canavial, onde o corpo da mulher foi encontrado.
A polícia agora segue com a investigação, verificando detalhes do relacionamento entre a vítima e o acusado, bem como o histórico de violência entre os dois. O crime chocou os moradores da região, e a família da vítima busca justiça diante da tragédia. O acusado segue preso e deverá responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
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Comentários
1 Comentários
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ira 10/10/2024sentimentos a familia, ela veio de toa longe p/ morrer, aqui, e forma cruel, nao teve o discernimento, de procurar uma pessoa que a amparace,sem se envolver, dessa maneira, e ser morta.