ELEIÇÕES 2024

GCN/Sampi publica neste domingo pesquisa eleitoral em Franca

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Higor Goulart/GCN
Mariana Negri durante sabatina no GCN e rádio Difusora: tentativa frustrada de impedir a publicação da pesquisa
Mariana Negri durante sabatina no GCN e rádio Difusora: tentativa frustrada de impedir a publicação da pesquisa

O portal GCN/Sampi publica neste domingo, 14, mais uma rodada de pesquisas eleitorais em Franca. Realizada pelo Instituto Agili, entre os dias 8 e 12 de setembro, a pesquisa apura em quem os francanos pretendem votar para governar a cidade a partir de 2025. Foram pesquisadas também a rejeição aos nomes na disputa, o impacto do apoio de lideranças nacionais aos candidatos, como votam para prefeito aqueles que escolheram Bolsonaro e Lula na última disputa presidencial, além de medir a aprovação/desaprovação ao governo Alexandre Ferreira.

Na última semana, a candidatura do PT, liderada por Mariana Negri, tentou barrar a publicação da pesquisa. Sem sucesso. Apesar de argumentar em ação impetrada na Justiça Eleitoral que a metodologia apresentava falhas, que não era possível identificar quem pagou o levantamento e que a amostra era pequena, a Justiça liberou a publicação. Houve apenas a suspensão da publicação dos cenários de segundo turno, que não incluíam Mariana Negri. O GCN e o Instituto Agili estão recorrendo da decisão.

A pesquisa entrevistou 800 pessoas em bairros das cinco regiões da cidade. Os registros seguiram critérios que garantem representatividade, levando em consideração o grau de escolaridade, gênero, renda e idade. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. O levantamento foi realizado por uma equipe de pesquisadores que veio do Paraná, sede da Agili, especialmente para conduzir as entrevistas presencialmente.

O tamanho da amostra de Franca é tão significativo que, apenas para efeito de comparação, o Instituto Datafolha, nas suas pesquisas na capital paulista, com quase 10 milhões de eleitores, utiliza 2.700 entrevistas para os levantamentos. Proporcionalmente, muito menor do que o feito em Franca.

Tentativa de impugnação frustrada

Mariana Negri (PT) entrou com um pedido na Justiça Eleitoral para suspender a divulgação alegando falhas na metodologia, como a ausência de detalhamento dos bairros e da área física de realização do levantamento, além da falta de clareza sobre quem financiou a pesquisa. Ela também criticou a inclusão de apenas três cenários de segundo turno, argumentando que isso poderia manipular o eleitorado.

O juiz responsável pelo caso negou o pedido, afirmando que, embora o registro da pesquisa não incluísse inicialmente todos os detalhes da área física de realização, a Agili Pesquisas ainda estava dentro do prazo para complementar as informações. Além disso, o juiz confirmou que o GCN foi o responsável pelo pagamento da pesquisa, inclusive com nota fiscal que acompanha o resgistro da pesquisa, não havendo irregularidades.

Segundo turno embargado

Quanto aos cenários de segundo turno, o juiz acatou parcialmente os argumentos de Negri e determinou a suspensão temporária da divulgação desses cenários, citando que a exclusão de alguns candidatos poderia gerar confusão entre os eleitores. Foram simulados enfrentamentos entre Alexandre Ferreira (MDB) x João Rocha (PL), Alexandre Ferreira (MDB) x Guilherme Cortez (PSOL) e João Rocha (PL) x Guilherme Cortez (PSOL).

Corrêa Neves Jr, diretor do GCN e da rede Sampi de Portais, lamentou a tentativa de barrar a publicação e defendeu a opção por apenas três cenários de segundo turno. “Simular todos os cenários possíveis exigiria 36 combinações numa única pergunta. Imagine o eleitor, diante do entrevistador, obrigado a responder a todas as possibilidades de segundo turno. Absolutamente impraticável”, afirmou.

Corrêa Jr também destacou que a escolha dos cenários se baseou nas pesquisas anteriores, que indicaram os três primeiros colocados. “Na próxima rodada, se decidirmos realizar outra pesquisa, utilizaremos os primeiros colocados do levantamento que será divulgado neste domingo, mesma prática adotada pelos principais institutos do Brasil.”

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Comentários

2 Comentários

  • Antônio de Pádua Silva 1 dia atras
    Pega mal na cidade o intenso boato que deu base ao questionamento de que é o atual prefeito quem está pagando a pesquisa, algo que prejudica a credibilidade deste levamento, de toda forma, também esse ruído, a comunicação não vai conseguir barrar o crescimento de outras candidaturas, por exemplo da oposição, nem também condenar sem provas um site de notícias muito atuante em Franca. Na realidade, esse tipo de situação revela que há uma necessidade de evolução na Justiça que precisa ampliar a democracia nas eleições.
    • Redação Sampi 1 dia atras
      Nota da Redação: o portal GCN realiza pesquisas com o instituo Ágili há anos. O instituto é padrão-ouro, um dos mais respeitados do Brasil, e serve de base inclusive para o agregador de pesquisas da CNN. Este levantamento, como todos os outros, foi pago com recursos próprios pelo GCN, conforme consta inclusive no registro da pesquisa, com nota fiscal anexa.
  • José Roberto 2 dias atrás
    NUNCA na minha vida fui entrevistado por qualquer instituição de pesquisa.
    • Redação Sampi 1 dia atras
      Nota da Redação: é o normal. As amostras em Franca tem 800 entrevistas para 250 mil eleitores. Na capital paulista, usam amostras de 1,5 mil a 2,7 mil entrevistas. Portanto, em Franca, as amostras são significativamente maiores. E funcionam, tanto aqui, quanto lá.